O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,26% em maio, segundo o IBGE. O resultado mostra uma desaceleração em relação a abril, quando o aumento havia sido de 0,43%, e veio abaixo da expectativa do mercado, que era de 0,33%. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a desaceleração deve garantir ao Banco Central (BC) respaldo para manter a taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O principal responsável pelo fenômeno foi a queda nos preços de alimentos e bebidas, cuja variação recuou de 1,14% em abril, para 0,39% em maio. Os preços dos serviços, por sua vez, também perderam força, passando de uma alta de 0,63% em março, para 0,20% em abril e apenas 0,18% em maio, sinalizando uma melhoria, ainda que lenta.

Mesmo com altas pontuais nos combustíveis, de 0,54% para o etanol e 0,14% para a gasolina, o indicador Transportes registrou queda de 0,37%, influenciado pela redução nos preços das passagens aéreas. Já o item Energia Elétrica, que subiu 1,68%, foi bastante pressionado pela entrada em vigor da bandeira tarifária amarela.

No acumulado do ano, a inflação soma 2,75% e, nos últimos 12 meses, 5,32% – ainda acima da meta estabelecida pelo BC. No entanto, para a Federação, o comportamento positivo dos núcleos inflacionários e a desaceleração nos preços dos serviços sugerem um cenário favorável à estabilidade da taxa básica de juros.