Conselho de Relações Internacionais
08/08/2019Secretário protagonista no acordo Mercosul-UE se reúne com empresários associados à FecomercioSP
“Não há um único milagre econômico sem vibrante comércio exterior”, ressalta secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo
Avanço da abertura comercial brasileira depende da união das políticas econômica e comercial
(Foto: Anderson Rodrigues / Perspectiva)
O acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) foi um recomeço para o bloco sul-americano depois de um período de estagnação, registrado principalmente entre 2013 e 2016. A afirmação do secretário-especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, foi feita no encontro “Brasil rumo à abertura comercial”, realizado no dia 8 de agosto, na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
“Depois de um tempo desperdiçado para o Mercosul, fechamos com a UE um acordo abrangente e gigantesco. Agora, temos uma agenda internacional de negociação. O acordo é uma espécie de reinício do Mercosul, e esse compromisso vira um catalisador de reformas internas do Brasil”, detalhou o economista e cientista político, que teve papel central na efetivação do acordo.
Veja também:
“Precisaremos de especialistas em China no setor privado e nas universidades”, diz Oliver Stuenkel
Plano de internacionalização facilita exportação de pequenos negócios
Simplificação e desburocratização de processos facilitam operação das empresas no comércio internacional
A economia do País depende também das reformas previdenciária e tributária
A união das políticas economia e comercial, comportamento adotado recentemente pelo Brasil e que foi fator fundamental na conclusão das negociações entre Mercosul e UE, foi uma das necessidades apontadas por ele. Como exemplo, ele citou a nova constituição do Ministério da Economia com a junção de cinco pastas feita no começo do atual governo. Apesar das mudanças, Troyjo destacou que o sucesso da economia brasileira depende ainda de reformas que precisam ser feitas, como a de Previdência e a Tributária.
Receita Federal e entraves logísticos
Para uma plateia formada majoritariamente por empresários, Troyjo afirmou que “o grande acordo que o Brasil precisa fazer é com ele mesmo em termos de Receita Federal e entraves logísticos. O País precisa ficar mais leve de forma a ser mais rápido. Ele precisa ser menos oneroso e ‘prender menos’. Ao cortar as amarras vamos ficar mais leves e avançar”.
FecomercioSP formalizou no encontro a entrega de pleitos das empresas integrantes do Conselho de Relações Internacionais da Entidade ao secretário
(Foto: Anderson Rodrigues / Perspectiva)
Demandas das empresas associadas
Esse crescimento citado por Troyjo depende de um ambiente de negócios favorável, com menos burocracia. Nesse sentido, a FecomercioSP formalizou no encontro a entrega de pleitos das empresas integrantes do Conselho de Relações Internacionais da Entidade ao secretário.
O documento, entregue pelo vice-presidente da FecomercioSP que preside o Conselho de Relações Internacionais, Rubens Medrano, pede a análise de diversos itens relativos à morosidade na emissão de licenças nas esferas municipal, estadual e federal, além de questões burocráticas como a emissão do Certificado de Venda Livre (CVL); a falta de clareza na legislação sobre rótulos de produtos alimentícios (Mapa); e a falta de comunicação entre as vigilâncias municipais, estaduais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Para saber mais sobre as atividades de advocacy da FecomercioSP ou conhecer as atividades do Conselho de Relações Internacionais, fale conosco pelo e-mail ri@fecomercio.com.br.
Se você ainda não é associado, clique aqui e conheça as vantagens.