Economia
05/04/2015Cai satisfação do paulistano com coleta seletiva
No comparativo anual, entrevistados pelo IBOPE Inteligência na pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM) atribuem notas menores para maioria dos fatores relacionados ao meio ambiente na cidade de São Paulo
A insatisfação dos paulistanos com fatores relacionados ao meio ambiente na cidade aumenta de 2013 para 2014. A nota geral, que mede a satisfação que a população atribui à área, cai de 4,7 para 4,5 no comparativo anual. A informação consta da pesquisa anual Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM). O levantamento, que está na sua sexta edição, foi realizado pelo IBOPE Inteligência a pedido da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Rede Nossa São Paulo.
O estudo tem por objetivo coletar informações que possam ser utilizadas pelo Poder Público e pela sociedade civil na formulação de ações que visem o bem-estar das pessoas que moram na capital paulista. O IRBEM 2014 é de 5,1, em uma escala que varia de um (insatisfação total) a 10 (satisfação total).
Apenas dois dos 12 subitens avaliados - consciência e responsabilidade ambiental e a proximidade de parques e áreas verdes - não apresentam alteração de 2013 para 2014. Os demais mostram piora na avaliação de satisfação em relação ao ano anterior. O destaque negativo fica por conta da coleta seletiva no bairro, cuja nota recua de 5,5 em 2013 para 4,8 na pesquisa atual, uma queda de 0,7 em pleno cenário da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrou em vigor em agosto de 2014. Este subitem merece redobrada atenção dada a recente proibição da distribuição e venda das sacolinhas plásticas descartáveis.
Desde 5 de abril, os supermercados passaram a distribuir aos clientes as "sacolas verdes", feitas de materiais de fontes renováveis e que não podem ser usadas para o descarte do lixo comum, apenas para descartar o lixo reciclável. Quem desrespeitar a lei estará sujeito a multas, que variam de R$ 500 a R$ 2 milhões para o comércio e de R$ 50 a R$ 500 para o cidadão comum. Os moradores de distritos não servidos pela coleta seletiva não serão submetidos à multa. A Prefeitura espera que, até o fim de 2016, a coleta seletiva seja implantada em toda a cidade.
De acordo com o ranking que avalia a importância dos fatores de qualidade de vida na cidade de São Paulo, a área de meio ambiente não é prioridade para a maioria dos paulistanos. Apenas 36% dos entrevistados deram notas máximas (de 9 a 10) ao item. O dado mostra que a área requer atenção especial das autoridades, com mais investimento em campanhas de educação ambiental, por exemplo, para aumentar a conscientização do paulistano.
A pesquisa IRBEM 2014 está em sua sexta edição e foi realizada de 24 de novembro a 8 de dezembro de 2014. Foram entrevistados 1.512 moradores com 16 anos ou mais. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Todos os direitos patrimoniais relativos ao conteúdo desta obra são de propriedade exclusiva da FECOMERCIO-SP, nos termos da Lei nº 9.610/98 e demais disposições legais aplicáveis à espécie. A reprodução total ou parcial é proibida sem autorização.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/noticia/cai-satisfacao-do-paulistano-com-coleta-seletiva-1