Economia
25/04/2017Ainda em lenta recuperação, índice de estoques do varejo fica estável em abril
Porém, na comparação com o mesmo mês de 2016, porcentual de empresários que consideram seus estoques adequados subiu 6,5 p.p.
Momento é de acompanhar de perto o desempenho do varejo, sabendo do clima mais positivo da economia atual, mas sem exagerar no entusiasmo
(Arte/TUTU)
O aguardado equilíbrio no nível de estoques do comércio varejista de São Paulo, após as promoções do primeiro trimestre do ano, ainda não aconteceu e o ajuste segue em ritmo lento. Em abril, o Índice de Estoques (IE) atingiu 98,7 pontos, praticamente estável na comparação com março (98,9 pontos) e 15,3% superior em relação ao mesmo mês de 2016. A estabilidade do indicador no mês foi motivada pelo crescimento de 0,8 ponto porcentual (p.p.) na proporção de empresários que afirmaram contar com estoques abaixo do ideal e na queda de 0,6 p.p. dos que apontaram estar com mercadorias acima.
Com isso, cerca de 36,1% dos empresários estão vendo seus estoques acima e 14,5% abaixo do que consideram o nível ideal. Já a parcela de empresários que afirmou estar com estoques no nível adequado atingiu 49,2%, ainda abaixo do histórico de antes de 2015, quando o indicador rondava os 60%.
Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, era esperado que passado o Natal e a temporada de liquidações de início de ano, além da provável retomada gradativa da atividade econômica, o excesso de mercadorias nas prateleiras fosse se ajustando.
Os resultados de abril revelam que esse processo de ajuste está ocorrendo, porém, de maneira lenta. No geral, a FecomercioSP pondera que o momento é de acompanhar de perto o desempenho do varejo, sabendo do clima mais positivo da economia atual, porém, sem exagerar no entusiasmo. Para a Federação, os empresários de ramos sazonais (como moda e vestuário) devem fazer novas encomendas aos poucos, e ao mesmo tempo acelerar as promoções do final da estação de calor e férias.
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