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Economia

Com o desafio de recompor emprego e renda, cidade de São Paulo completa 467 anos

Apesar do momento de crise para diversos setores, capital representa uma das economias mais importantes para o País

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Com o desafio de recompor emprego e renda, cidade de São Paulo completa 467 anos

Comércio varejista paulistano deve faturar R$ 214 bilhões em 2021
(Arte: TUTU)

Em 25 de janeiro de 2021, a cidade de São Paulo completa 467 anos em meio à incerteza causada pela pandemia de covid-19, com grande expectativa pela vacina e tentando recompor emprego e renda. Assim como a maioria dos municípios do País, a capital paulista foi bastante afetada em todas as atividades econômicas, principalmente as de comércio e serviços. 

No entanto, em termos econômicos, São Paulo é a cidade nacional mais importante. O processo de retomada no pós-pandemia obrigatoriamente terá a cidade como motor do crescimento nacional.

Diversos números confirmam a relevância da capital para a dinâmica econômica do Brasil: o Produto Interno Bruto (PIB) do município, em 2018 (o mais recente divulgado pelo IBGE), foi de R$ 715 bilhões – 10,2% do PIB do Brasil e praticamente duas vezes o do Rio de Janeiro (R$ 364 bilhões), a segunda maior cidade brasileira em termos econômicos. O PIB da cidade, inclusive, é superior ao de 13 Estados. Se fosse um país, seria a 55ª maior economia mundial, figurando entre a Nova Zelândia e o Qatar.

O comércio varejista paulistano deve faturar R$ 214 bilhões em 2021, 7% a menos do que o visto no ano passado, de acordo com dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da FecomercioSP. A cada R$ 100 vendidos no comércio do Estado, R$ 27 são na capital. E a cada segundo, o comércio fatura R$ 6,8 mil.

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Vale ressaltar que os tradicionais comércios de São Paulo – como o Brás, 25 de Março e Santa Ifigênia – não são somente pontos de compras locais, mas também responsáveis pelo abastecimento de uma parcela relevante de lojas do todo o território nacional. Mesmo durante a pandemia, estes locais tiveram grande movimento de lojistas de outros Estados; além disso, muitas pessoas que ficaram desempregadas foram buscar produtos mais baratos para revender e conseguir uma renda em um novo negócio.

Já o varejo eletrônico representa 5,3% do que se vende no comércio físico. Na capital, o faturamento do setor esperado para 2021 é de R$ 11,5 bilhões, número 6,4% maior em relação ao do ano passado. As vendas online em São Paulo têm um mercado consumidor muito significativo: cerca de 40% de todo o Estado. Isso representa um grande espaço para investimentos, em virtude do público potencial de 12 milhões de pessoas, além de uma grande estrutura logística que facilita as entregas.

As atividades do setor de serviços em São Paulo registraram retração de 2% no ano passado, com um faturamento total de R$ 419 bilhões.

As atividades de turismo registraram queda de 59%, sendo o pior resultado dos 13 setores analisados pela pesquisa da FecomercioSP. O desembarque de passageiros nos principais terminais rodoviários da cidade recuou 52% em 2020. No Aeroporto de Congonhas, foram 6,7 milhões de passageiros que desembarcaram e embarcaram pelo terminal, 70% a menos do que em 2019.

Já a ocupação nos meios de hospedagem da capital, com uma taxa média de 68,5% em 2019, caiu para 28% no ano passado.

O impacto da crise também diminuiu a quantidade de pessoas transportadas na cidade. No acumulado do ano passado, o total de pessoas transportadas foi de 1,56 bilhão, número muito abaixo dos 2,64 bilhões de 2019.

O PIB da cidade de São Paulo representa:

● 650 milhões de vezes o salário mínimo de 2021 (R$ 1.100);

● 2,2 mil prêmios da Mega-Sena da Virada (R$ 325 milhões);

● 14 bilhões de unidades da vacina do Instituto Butantan para covid-19, com preço estimado em R$ 51;

● 40% a mais de tudo o que o governo federal gastou para conter a pandemia no País (R$ 510 bilhões).

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), da empresa Socicam e do Observatório do Turismo de São Paulo. 

 
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