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26/05/2017Comércio varejista da região do Litoral fatura R$ 1,8 bilhão em fevereiro, queda de 5,5% na comparação com mesmo mês de 2016
Segundo FecomercioSP, parte do resultado pode ser explicado pelo efeito calendário já que 2016 foi um ano bissexto e, portanto, o mês de fevereiro teve 29 dias
São Paulo, 26 de maio de 2017 – Em fevereiro, o comércio varejista na região do Litoral registrou faturamento real de R$ 1,8 bilhão, queda de 5,5%na comparação com o mesmo mês de 2016. Parte do resultado pode ser explicado peloefeito calendário já que ano passado foi bissexto, ou seja, um dia a mais em fevereiro e também pela forte base de comparação já que em fevereiro de 2016 as vendas do varejo da região haviam crescido 18,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, houve alta de 4,2% nas vendas.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Entre as nove atividades analisadas, cinco apresentaram queda nas vendas no comparativo com fevereiro de 2016, com destaque para supermercados (-13,9%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-5,7%) e concessionárias de veículos (-4,1%) que, juntos, contribuíram com -7,3 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.
Em contrapartida, os segmentos de lojas de móveis e decoração (75,4%), autopeças e acessórios (34,5%)e farmácias e perfumarias (15,9%) registraram crescimento na mesma base comparativa e,em conjunto, amenizaram em 2,2 p.p. a queda geral.
Desempenho estadual
As vendas no comércio varejista do Estado de São Paulo registraram queda de 0,8% em fevereiro, na comparação com mesmo mês de 2016. O resultado, porém, não interrompe a série de crescimento no faturamento do setor, pois deve-se considerar o efeito calendário já que ano passado foi bissexto, ou seja, um dia a mais em fevereiro. Vale destacar que a média diária das vendas reais em fevereiro de 2017 foi 2,7% superior a fevereiro do ano passado, o que torna o resultado de -0,8% mais favorável do que pode parecer com a análise isolada do número. Assim, o varejo paulista registrou faturamento real de R$ 45,3 bilhões no mês, R$ 370,9 milhões abaixo do valor apurado em fevereiro de 2016. No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, as vendas no varejo cresceram 1,7%, em termos reais, o que representa R$ 1,6 bilhão a mais de receita. Considerando os últimos 12 meses, o setor apresentou alta de 0,5% nas vendas.
Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, sete apresentaram crescimento no faturamento real na comparação com o mesmo mês de 2016, com destaque para Marília (8,7%), Araraquara (8,2%) e Ribeirão Preto (4,4%). As maiores quedas nas vendas foram registradas nas regiões de Osasco (-12,3%), Bauru (-7%) e Litoral (-5,5%).
Das nove atividades pesquisadas, três mostraram aumento em seu faturamento real em fevereiro, na comparação com mesmo mês de 2016: farmácias e perfumarias (16,1%), autopeças e acessórios (13,0%) e outras atividades (0,9%). Essas altas contribuíram para o resultado geral com 1,6 ponto porcentual (p.p.).
As retrações registradas pelos setores de concessionárias de veículos (-8,6%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-5,7%) e supermercados (-1,4%) foram determinantes para o desempenho negativo impactando com -1,9 p.p. no resultado geral.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o varejo deu andamento no mês a um processo de lenta recuperação de seu movimento, como vinha sendo observado desde novembro. Até o momento, há uma combinação positiva de elementos determinantes para o comércio varejista que acabam por fundamentar a melhora nos indicadores de confiança dos consumidores e empresários, constatada há meses pela Federação. São eles: a queda da inflação ( que está convergindo para o centro de sua meta anual), o ciclo de cortes na taxa básica de juros e a elevação na renda agrícola por causa do forte aumento de exportações de commodities (onde São Paulo tem grande presença).
Delegacia Regional Tributária Litoral
Barra do Turvo, Bertioga, Cajati, Cananéia, Cubatão, Eldorado, Guarujá, Iguape, Ilha Comprida, Itanhaém, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Mongaguá, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Peruíbe, Praia Grande, Registro, Santos, São Vicente, Sete Barras.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios, concessionárias de veículos, farmácias e perfumarias, lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos, lojas de móveis e decoração, lojas de vestuário, tecidos e calçados, materiais de construção, supermercados, entre outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente para apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
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