Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Custo de vida cai pelo terceiro mês seguido na RMSP, mostra FecomercioSP

Queda nos combustíveis afeta o resultado e freia alta acumulada em 12 meses; serviços, por outro lado, sobem novamente

Ajustar texto A+A-

Custo de vida cai pelo terceiro mês seguido na RMSP, mostra FecomercioSP
Queda é reflexo da mudança na alíquota do ICMS sobre a cobrança dos combustíveis e pela diminuição global do preço do petróleo (Arte: TUTU)

Pelo terceiro mês seguido, o custo de vida das famílias na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) ficou menor. Após quedas de 0,18%, em julho, e 0,21%, em agosto, a taxa caiu novamente em setembro (-0,20%), segundo o levantamento mensal do Custo de Vida por Classe Social (CVCS), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A sequência descendente já surtiu efeito sobre o acumulado dos 12 meses, que passou da casa dos 12%, em abril, para 8%, em setembro. No acumulado de 2022, a alta é de 4,62%.

Para a FecomercioSP, os números são positivos não por expressar um contexto pontual, mas por sinalizar uma tendência de arrefecimento nos preços. Além disso, a queda nos grupos que impactam com mais força o orçamento das famílias que enfrentam dificuldades financeiras – sobretudo no de alimentos – é uma boa notícia para o varejo, uma vez que parte desta população passa a ter mais fôlego para pagar dívidas vencidas e pode, então, voltar gradativamente ao padrão de consumo anterior.

Assim como no mês passado, a variação do grupo de transportes, em que estão abarcados os preços dos combustíveis, foi determinante para o resultado. Em setembro, os valores médios caíram 2,26%, muito impactados por quedas na gasolina (-8,3%), no etanol (-12,1%) e no óleo diesel (-4,2%). O relevante do diagnóstico é que, com esta variação, há uma redução maior para as camadas mais inferiores. Neste caso, por exemplo, o grupo de transportes caiu 3,07%, para a classe E, e 1,42%, para a classe A.

Segundo a Federação, a tendência de queda se explica, em parte, pela mudança na alíquota do ICMS sobre a cobrança dos combustíveis, mas não só: a diminuição global do preço do petróleo também favorece o cenário – embora este fato não deva continuar no curto prazo, dada a indicação de redução na produção da commodity no mercado internacional.

Além disso, é interessante observar que o custo de vida subiu de forma parecida entre todas as classes sociais, nos últimos 12 meses. Para a classe E, por exemplo, a variação foi de 8,55%, enquanto para a classe A foi de 8,57%.

Varejo segue caindo... E serviços sobem

Enquanto os preços do varejo caíram 0,91%, em setembro, os dos serviços registraram nova alta (0,55%), reforçando uma tendência já apontada no mês anterior. No caso do varejo, metade dos grupos de produtos registrou queda, com destaque para transportes (-4,36%) e alimentação e bebidas (0,27%), como se vê nos dados do Índice de Preços do Varejo (IPV) da CVCS. Diante disso, a alta acumulada em 2022 ficou na casa dos 5,2% – lembrando que esta taxa era de 9,7% no mesmo período do ano passado.

Embora tenha retraído agora, o grupo de alimentação e bebidas ainda permanece inflacionado, com altas de 13,6%, em 12 meses, e de 11%, em 2022.

Um dos grupos que mais subiram ao longo da pandemia de covid-19, o de alimentos e bebidas, permaneceu estável (ligeira queda de 0,04%), pressionando menos o orçamento das famílias, principalmente as mais pobres. Ao contrário, muitos itens estão ficando mais baratos, como o feijão (-4,6%) e o óleo de soja (-6%).

Um aumento relevante observado na pesquisa de setembro veio do grupo de habitação (0,87%), influenciando pelo reajuste para cima dos produtos de consumo doméstico, como o botijão de gás (2%). Isso se vê, inclusive, nos preços dos serviços – que, da mesma forma, ficaram mais altos. Neste caso, a variação de 1,5% da energia elétrica deu o tom da subida.

O grupo que mais cresceu, porém, foi o de vestuário (1,76%). Considerando que, no acumulado de 12 meses, este também é o conjunto de itens mais inflacionado (18,2%), percebe-se o impacto que o repasse dos custos de malhas e tecidos tem causado aos consumidores.

No caso do Índice de Preços dos Serviços (IPS), apenas um dos oito grupos sofreu queda no mês – o de comunicação (-1,5%). Diferentemente dos dados do varejo, aqui o que colaborou para a alta do indicador foi, justamente, o grupo de transportes (1,47%), muito por causa dos reajustes nas passagens aéreas (9%), além das tarifas de ônibus interestaduais.

Em 2022, a alta acumulada do IPS é de 3,93%, enquanto a dos 12 últimos meses é de 6,37%.

Informação de qualidade para os negócios

Acompanhe as diferentes pesquisas e análises setoriais realizadas pela FecomercioSP e tenha mais conhecimento do mercado.

Inscreva-se para receber a newsletter e conteúdos relacionados

* Veja como nós tratamos os seus dados pessoais em nosso Aviso Externo de Privacidade.
Fechar (X)