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Negócios

Da seleção ao trabalho em equipe, jogos corporativos ajudam a engajar funcionários

Os ‘serious games’, oferecidos por empresas terceirizadas, ajudam a desenvolver habilidades de liderança e de trabalho em equipe e a conhecer perfis de parceiros e empregados

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Da seleção ao trabalho em equipe, jogos corporativos ajudam a engajar funcionários

Games são acessíveis para diversas empresas, independentemente do porte. É necessário apenas adaptar a forma de investimento
(Arte/TUTU)

Jogos e brincadeiras podem combinar mais com o ambiente corporativo do que você imagina: com a ajuda da tecnologia, empresas oferecem serviços que criam games personalizados capazes de substituir (ou trabalhar em conjunto com) processos seletivos, treinamentos ou desenvolvimento de habilidades específicas.

Os serious games, em geral, são oferecidos por companhias terceirizadas e podem ser adquiridos de acordo com o perfil da empresa contratante. “O funcionário se engaja muito mais em um material interativo, como um jogo, do que numa apresentação de Power Point exibida numa reunião”, explica Elio Ferrucci, sócio da Odi Eventos, que, desde 1998, promove diversos tipos de atividades para testar conhecimentos e trabalhar competências corporativas de forma lúdica.

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As 25 opções de games ofertadas pela empresa, com custo entre R$ 4 mil e R$ 15 mil, podem ter detalhes adaptados ao perfil do contratante. Ferrucci reforça também que games são tão compatíveis com as pequenas empresas quanto com as grandes corporações. “O ideal é trabalhar com grupos que não sejam muito extensos, para garantir que todos os envolvidos participem ativamente do processo”, explica.

“Quando bem compreendido o quão facilitador pode ser este lúdico e fascinante meio de interação, empresas reconhecem despesas com treinamentos (seja qual for o seu método) como investimentos”, explica Alessandra Borelli, membro da Comissão de Estudos de Direito Digital do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP. “Tal tendência independe do porte da empresa, assim como de seu segmento ou área de atuação”, completa.

Entre as opções oferecidas pela Odi eventos estão as botoeiras – conjunto de botões que mostram em um painel de LED quem foi o primeiro a apertar o dispositivo e, portanto, tem prioridade para responder uma pergunta e ganhar pontos, como em programas de TV. Também é possível criar um quiz, um jogo da memória e até simular uma escalada em equipe ao Monte Everest, em que chega mais rápido quem acertar o maior número de perguntas. As questões podem ser tanto sobre conhecimentos gerais quanto sobre conteúdos relacionados ao dia a dia da firma.

“Os resultados podem ser percebidos em processos internos de avaliação, conduzidos pela área de treinamento que contratou nossos serviços, bem como no desenvolvimento de habilidades constatadas no dia a dia do funcionário”, conclui Ferrucci.

A conscientização sobre princípios, metas e valores deve estar entre as premissas de empresas que prezam por sua reputação. “Treinamentos, inclusive os realizados por meio de jogos corporativos contribuem para otimizar este processo”, explica Alessandra, do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP. “Quando adequada e estrategicamente desenvolvida, a utilização do método de gamificação, presencial ou digital, além de muito útil para potencializar o engajamento do time, também constitui uma interessante forma de comunicação entre candidato e futuro empregador, contratado e contratante, fornecedor e consumidor, professor e aluno”, diz.

Os games podem ser usados em diversos processos da gestão de pessoas. “De forma geral, jogos apoiam todo o ciclo de vida do colaborador dentro da empresa, que vai desde o recrutamento até a sucessão e são importantes ferramentas para gerar engajamento”, observa o vice-presidente da LG lugar de gente e sócio-fundador da eguru, que trabalha desde 2001 com métodos de imersão visando o aprendizado, Felipe Azevedo.

A empresa promove, entre outros, jogos específicos para processos seletivos. “A gamificação otimiza tanto o tempo do RH quanto o do candidato”, justifica Azevedo. O jogo pode ser, por exemplo, inserido nas primeiras etapas do processo seletivo. Assim, a empresa consegue filtrar os melhores ranqueados para a próxima fase, além de chamar a atenção de um maior número de participantes que são atraídos por um processo seletivo mais descontraído e envolvente. “Por ser online, o jogador também não perde tempo indo até a empresa para participar do processo seletivo e ainda conhece mais sobre a companhia”, completa o vice-presidente da LG.

Além disso, games costumam ser uma forma assertiva de selecionar candidatos. Em certos casos, há incoerência das informações entre o que é dito nas avaliações e a forma de agir, que só é percebida após a contratação. “Durante um jogo, mesmo que o candidato saiba que está sendo avaliado, ele precisará tomar decisões que darão mais detalhes do seu perfil, diferentemente de outras avaliações em que o processo subjetivo pode dar margem ao erro”, destaca Azevedo.

Ele reforça que games são acessíveis para diversas empresas, independentemente do porte. “A diferença é a forma de investimento: firmas maiores geralmente investem em games customizados, já companhias menores podem optar por contratar games prontos, que são conteúdos mais genéricos, como um game que trabalha as competências fundamentais para um cargo de liderança. Ambas as opções atendem às suas respectivas capacidades de investimento”, afirma.

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