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05/08/2014Dispositivos móveis para inclusão bancária encerram congresso na FecomercioSP
São Paulo, 6 de agosto de 2014 - Na segunda e última parte do VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção, promovido pelo Conselho de Tecnologia da Informação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) foi apresentada a pesquisa global realizada pela PwC com mais de cinco mil empresas sobre as práticas de segurança adotadas pelas organizações. A pesquisa afirma que muitas companhias estão ultrapassadas no combater aos riscos cibernéticos atuais e futuros.
De acordo com a pesquisa, as empresas precisam repensar o processo de transformação das suas áreas de segurança cibernética. 24% dos crimes econômicos mais reportados foram os cybercrimes, a exemplo da varejista norte-americana Target, que teve dados de 70 milhões de clientes roubados. "É preciso uma segurança mais pró-ativa para trazer mais inteligência ao processo de controle, reação e resposta aos riscos cibernéticos, além da capacidade de testar e avaliar se as medidas tomadas estão bem direcionadas de acordo com os investimentos previstos", apontou o sócio na área de TI da PwC, Edgar D'Andrea.
Outro assunto de destaque durante a tarde desta terça-feira foi o uso de arbitragem para a resolução de conflitos que, na avaliação da advogada e professora de Direito Internacional da Faculdade de Direito da USP, Maristela Basso, não deve servir como método alternativo ao processo judicial. A palestrante reforçou que a arbitragem deve ser usada em casos específicos e que exigem conhecimentos técnicos. Sobre o tema, George Niaradi, membro da Fecomercio Arbitral, informou que a Câmara criada pela FecomercioSP em parceria com a OAB-SP, o Sebrae-SP, o Sescon-SP e a Câmara de Arbitragem Internacional de Paris, visa atender qualquer tipo de demanda, inclusive pequenas causas, e que o valor cobrado é outro atrativo. No caso do comércio eletrônico, o sócio da Gleber Advogados, Eduardo Gleber acredita que é possível eleger à arbitragem em casos de conflitos.
O perito digital José Milagre, diretor da Legaltech e vice-presidente da Comissão Estadual de Informática da OAB-SP, abriu o penúltimo painel do evento, sobre a segurança do voto eletrônico. Para o especialista, nada é 100% seguro. Hoje, há sistemas operacionais e navegadores com falhas. Existem testes abertos e, ainda, há falhas. Ele abordou ainda o histórico de testes nas urnas eletrônicas brasileiras, sendo que a maioria deles foi feito de forma controlada pelo TSE, com edital que definia regras para os testes de adulteração. Os testes foram realizados em 2002, 2009 e 2012.
Sobre o mesmo assunto, o mestre em Sistemas Eletrônicos e diretor do Instituto Brasileiro de Peritos, Giuliano Giova, questionou se o atual processo eleitoral é transparente o suficiente para convencer a sociedade de que na votação via urnas eletrônicas não é possível haver falhas ou atos ilícitos. Na sua visão, deveria haver apuração independente. Para ele, auditoria feita pelo próprio TSE é valida e prevista em lei, mas não suficiente para nosso convencimento.
Dispositivos móveis para inclusão bancária
O uso de dispositivos móveis como ferramentas de transações financeiras foi o assunto que encerrou o VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos.
Os aparelhos podem ser uma alternativa para os consumidores fora do sistema bancário e, também, como impulso econômico, de acordo com o fundador da FX Soluções em Informática, Flávio Xandó. Para ele, essa é a oportunidade para que o setor expanda a base de clientes de menor renda. Hoje, segundo o executivo, cerca de 56 milhões de pessoas não têm conta corrente.
Durante o debate, os palestrantes discutiram as soluções inovadoras para ampliar o uso do pagamento móvel no Brasil, a exemplo do NFC, tecnologia que permite a transação por aproximação do aparelho ao cartão.
O superintendente de novos negócios da Rede, Gustavo Ribeiro, citou a preocupação com o custo da tecnologia como fator decisivo. O painel foi mediado pela editor-at-large do Grupo Now Digital e comentarista de tecnologia da rádio CBN, Cristina de Lucca.
Nesta edição, o evento contou com 756 participantes e 51 palestrantes. No ano que vem, o Congresso será realizado nos dias 18 e 19 de agosto.
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