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Negócios

Empresas apostam nas bicicletas para agilizar o serviço de entregas

As bikes têm sido a solução para superar o caos no trânsito e ganhar rapidez nas entregas e na prestação de serviços

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Empresas apostam nas bicicletas para agilizar o serviço de entregas

Por Enzo Bertolini

Alvo de polêmicas entre os paulistanos desde que o prefeito Fernando Haddad anunciou a criação de ciclofaixas, a bicicleta ultrapassou as funções de lazer. Empresas de diversos setores apostam nelas para entregas e prestação de serviços. Os atrativos são a agilidade e a sustentabilidade das operações, além da eficiência para burlar o trânsito difícil e a falta de espaço em estacionamentos.

A Porto Seguro, uma das pioneiras na utilização de bicicletas, criou o Bike Socorro em 2008 para atender os detentores de seguros de automóvel e de residência. O projeto começou com três ciclistas e, atualmente, 60 profissionais prestam serviços no Estado de São Paulo e em municípios do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

O mesmo foi feito pela Netshoes, loja virtual de artigos esportivos, que faz entregas com bicicletas desde fevereiro de 2014. As entregas são feitas pela Courrieros e pela Bikentrega, especializadas em delivery por bicicletas.

“Conseguimos realizar entregas com extrema eficiência, pois a bicicleta se sobressai em qualquer situação, mesmo com chuva”, afirma o diretor da Courrieros, André Biselli, que tem entre os clientes companhias como Itaú BBA, Odebrecht, JHSF, CPFL e Young & Rubicam, entre outras. 

A NovaAgri, que atua em armazenagem e escoamento de produtos agrícolas, utiliza os serviços da Courrieros há alguns anos e aponta redução de 25% nos gastos com entregas de documentos e pequenas encomendas.

Expansão

O mercado de bike courier se mostra tão promissor que a EcoBike Courier, de Curitiba, abriu unidades em São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Cascavel (PR) e Campinas (SP), todas em formato de franquia. Agora, o foco da empresa é a expansão no formato de micro franquias light, na qual a companhia é constituída pelo próprio ciclista, com o suporte de uma central para receber os pedidos e para cuidar do administrativo.

A estimativa é de 1.220 franqueados no País. “Com a expansão reduzimos custos com material, uniforme e equipamentos”, diz o diretor da EcoBike Courier, Cristian Trentin, que prevê para 2015 um faturamento de R$ 1,2 milhão, o dobro do ano passado.

Para aumentar as entregas a Bikentrega aposta nos aplicativos móveis, em parceria com empresas de delivery por motocicletas. Ela também desenvolveu o próprio aplicativo, que localiza o biker mais próximo e permite que o cliente acompanhe a entrega. “O aplicativo começou a funcionar em janeiro e registrou 300 solicitações somente no primeiro mês”, diz o proprietário da empresa, Emerson Violin.

O custo do congestionamento

Desde 2013 a malha cicloviária da Capital cresceu de 64 km para mais de 200 km. Mas a falta de mobilidade é um problema a ser resolvido, uma vez que leva à perda anual de cerca de R$ 50 bilhões, segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas. A tendência é piorar, considerando que a lentidão máxima na capital paulista passou de 142 quilômetros na média de 2013 para 146 quilômetros no ano seguinte, conforme a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

No exterior, o uso da bicicleta por empresas é uma realidade. Na Holanda, 10% da frota da DHL, empresa global de entrega de encomendas e logística, é formada por bicicletas de carga. Para a Federação Europeia de Logística Ciclística (ECLF, na siga em inglês), a entrega por bikes é extremamente rentável e tende a crescer, especialmente com o e-commerce. Segundo a entidade, o trecho final da cadeia de entrega representa 70% dos custos gerais. Assim, a bicicleta torna-se uma alternativa economicamente viável.

Acesse aqui e confira a reportagem completa na edição 38 da revista Comércio & Serviços.

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