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Imprensa

Especialistas apontam alta carga tributária como um dos principais entraves burocráticos do Brasil

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São Paulo, 06 de agosto de 2015 -  "As velhas e novas faces da Burocracia no Brasil", evento promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em parceria com o Instituto Millenium e a plataforma UM Brasil, reuniu  economistas que debateram os obstáculos causados pela burocracia no País.

Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Washington e presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp e Maria Alejandra Madi, doutora em economia pela Unicamp e vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, ressaltaram os fatores internos que prejudicam as exportações, como o alto custo de tarifas e serviços, devido à taxa cambial que coloca o Brasil em desvantagem corporativa. Para os especialistas, o Brasil é extremamente afetado pela burocracia, alta carga tributária, logística e ações trabalhistas e está em descompasso com o mundo, pois não acompanha a tendência global do comércio entre empresas.

No painel "Burocracia e Corrupção", os especialistas do Instituto Millenium, Sérgio Lazzarini, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e Nelson Barizzelli, professor da Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis da Universidade de São Paulo (USP), criticaram o tamanho e o peso do Estado no Brasil, que é visto como o responsável por tudo, criando assim a burocracia. Os especialistas também destacaram as políticas econômicas brasileiras e o patrimonialismo herdado de Portugal, que ocasionou muitos problemas enfrentados pelo País.

Em seguida, Fernando Veloso, professor da Fundação Getulio Vargas e doutor pela University of Chicago, e Luís Eduardo Schoueri, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Tributário (IBDT, falaram no painel "Os novos negócios têm vez no Brasil?". Para eles, a produtividade do Brasil é insatisfatória e fica atrás apenas das economias de países que estão em situação de guerra. Os palestrantes reforçaram que de 1990 até os anos 2000 os ajustes e reformas tributárias ajudaram, porém, não foram suficientes para colocar o Brasil em patamar de vantagem corporativa competitiva e que a sensação de bem-estar da população, causada pelo aumento da renda per capita, não foi capaz de estimular a produtividade.

O tema inovação finalizou a manhã de debates com a presença de Marcos Troyjo, diretor do Fórum Brasil, Rússia, Índia e China (BRICLab) da Universidade de Columbia, e Marcos Lisboa, diretor-presidente do Insper. Para os especialistas, em relação aos demais países, o Brasil ficou velho antes de ficar rico e o maior desafio do País é se inserir no cenário competitivo mundial.

Lisboa e Troyjo ressaltaram que o Brasil puxou os resultados da América Latina para baixo e que os altos tributos, aliados às medidas emergenciais adotadas pelo governo, ao longo dos anos, estagnaram a produtividade brasileira e permitiram também que nações como China, Índia e Coreia avançassem mais que o País.

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