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21/09/2018Faturamento do varejo na região de Jundiaí tem alta de 3,9% em junho, aponta a FecomercioSP
De acordo com a Entidade, receita do setor foi de R$ 3,19 bilhões, a maior cifra para o mês desde o início da série histórica, em 2008
São Paulo, 21 de setembro de 2018 – O comércio varejista na região de Jundiaí faturou R$ 3,19 bilhões em junho, alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2017. A cifra é a maior para um mês de junho desde o início da série histórica, em 2008. No primeiro semestre do ano, houve um crescimento de 4,6%, e no acumulado dos últimos 12 meses, elevação de 4,5%.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Das nove atividades analisadas, três tiveram queda nas vendas em relação a junho do ano passado, com destaque para concessionárias de veículos (-3%) e lojas de móveis e decoração (-3,8%). Juntas, essas atividades impactaram negativamente em 0,3 ponto porcentual (p.p.) para o resultado final.
Em contrapartida, os segmentos de outras atividades (10,2%) e supermercados (4,4%) obtiveram as maiores altas na mesma base comparativa. Somados, contribuíram com 3,4 p.p. para o desempenho geral.
Desempenho estadual
As vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo atingiram R$ 53,6 bilhões em junho, alta real de 3,5% em comparação ao mesmo período de 2017. Foi a maior cifra para o mês desde 2013. Assim, o faturamento real do setor registrou elevações de 5,7% no ano e de 5,2% no acumulado de 12 meses.
No mês, a maioria das atividades do comércio apresentaram expansão, assim como quase todas as 16 regiões do Estado, com exceção ao consolidado das concessionárias de veículos e no faturamento real do comércio na região de Presidente Prudente.
Das nove atividades pesquisadas, sete mostraram aumento em seu faturamento real em relação a junho do ano passado, com destaque para o grupo outras atividades (6,1%) – em que predomina o varejo de combustíveis –, e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (10,5%). Somadas, essas altas contribuíram para o resultado geral com 2 pontos porcentuais (p.p.). O único segmento a apresentar retração foi o de concessionárias de veículos (-3,9%), resultando em uma pressão negativa de 0,5 ponto porcentual, enquanto autopeças e acessórios apontou estabilidade.
Segundo a assessoria econômica da Entidade, os resultados de vendas do varejo em junho afastaram os temores de impactos mais profundos da paralisação dos caminhoneiros sobre a atividade. Esses reflexos ficaram restritos a maio.
Além disso, os resultados de junho, em termos gerais, podem ser qualificados como positivos, considerando os reflexos observados em outros indicadores de atividade, como na indústria, e, principalmente, sobre a inflação, que subiu de forma vigorosa entre maio e junho. A manutenção do ritmo de vendas em padrões positivos, dessa forma, indica que, ao mesmo tempo que a intenção de consumo permaneceu estável, a tendência para o comportamento do varejo até o fim do ano também segue em patamares otimistas, avalia a FecomercioSP.
Expectativa
As turbulências políticas refletidas no mercado de câmbio e nas Bolsas são elementos importantes para definição do comportamento do varejo até o fim de 2018. No momento, assume-se como tendências, que devem prevalecer até o final do ano, um cenário de inflação sob controle e manutenção e de equilíbrio no quadro institucional e político.
Entretanto, isso não exclui atenção para a intensidade que esses efeitos terão sobre o comportamento futuro dos preços, pois disso dependerá a manutenção do ritmo de vendas observado até agora. Ainda de acordo com a Federação, considerando os resultados recentes de vendas, as projeções apontam para um crescimento anual ao redor de 4% em 2018, um ponto abaixo da estimativa anterior.
Delegacia Regional Tributária Jundiaí
Águas de Lindoia, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Campo Limpo Paulista, Conchal, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Holambra, Itapira, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Lindoia, Louveira, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Santo Antônio da Posse, Santo Antônio do Jardim, Serra Negra, Socorro, Tuiuti, Vargem, Várzea Paulista, Vinhedo.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
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