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Imprensa

Faturamento do varejo na região do ABCD cresce 8,8%, o segundo melhor desempenho no Estado, aponta FecomercioSP

Segundo a pesquisa da Entidade, esse é o 15º mês consecutivo que a região apresenta crescimento na comparação interanual

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São Paulo, 29 de novembro de 2017 – Em agosto, o comércio varejista na região do ABCD atingiu faturamento real de R$ 3 bilhões, alta de 8,8% na comparação com o mesmo mês de 2016, o segundo melhor desempenho no Estado de São Paulo. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, houve crescimento de 6,3%, e nos últimos 12 meses, aumento de 6,2% nas vendas.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Todas as nove atividades pesquisadas mostraram crescimento, na comparação com agosto de 2016. Os segmentos de concessionárias de veículos (21,7%); supermercados (4,3%); e outras atividades (9,7%) foram os que mais se destacaram. Somados, contribuíram com 6,1 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.

De acordo com a FecomercioSP, com o resultado de agosto, já são 15 meses de altas consecutivas. Da mesma forma que a região do ABCD sofreu durante a crise em decorrência da forte retração no setor automobilístico, agora o cenário se inverteu diante de uma maior produção de veículos, tanto para exportação quanto para o mercado interno. Segundo a Federação, a retomada da principal atividade da região permitiu a melhora nos números do comércio varejista na região.

Desempenho estadual
Em agosto, as vendas do comércio varejista no Estado consolidaram a recuperação do consumo, com taxas crescentes de expansão. No mês, as vendas no varejo paulista cresceram 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a quinta maior cifra registrada para o mês desde o início da série histórica, em 2008. O comércio varejista faturou R$ 52,1 bilhões no período, R$ 3,2 bilhões acima do apurado em agosto de 2016. Com esses resultados, a variação acumulada de janeiro a agosto deste ano foi de 4,1%, que, em termos reais, representou um crescimento de R$ 15,8 bilhões na comparação ao mesmo período do ano passado.

Assim como nos meses anteriores, as 16 regiões analisadas pela Federação apontaram crescimento no faturamento na comparação com o mesmo mês de 2016. Os maiores avanços foram observados nas regiões de Taubaté (9%), ABCD (8,8%) e Ribeirão Preto (8%).

Todas as atividades analisadas pela pesquisa mostraram crescimento em agosto na comparação com o mesmo mês de 2016. Os destaques ficaram por conta dos segmentos de concessionárias de veículos (12,5%); outras atividades (4,9%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (11,7%); que, somados, contribuíram com 3,4 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.

De acordo com a FecomercioSP, a consolidação do ciclo de recomposição das vendas varejistas é ancorada na sucessão de variáveis econômicas positivas obtidas ao longo deste ano, que começou com as quedas nas taxas de juros e de inflação, a melhoria na renda agrícola e nas exportações e a injeção dos recursos das contas inativas do FGTS, mantendo o cenário econômico em ritmo de recuperação. Assim como nos meses anteriores, a queda nos índices de desemprego também foi fundamental para a retomada, e reforça cada vez mais a confiança no poder de compra dos consumidores.

A Entidade lembra ainda que os últimos resultados apurados pelos segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos e de concessionárias de veículos afirmam uma tendência de alta na aquisição de bens duráveis, itens dependentes de crédito e, portanto, do comprometimento futuro da renda das famílias.

Expectativa
Segundo a FecomercioSP, diante dos últimos desdobramentos do quadro político brasileiro, tudo indica que os próximos meses seguirão estáveis. O que mostra que as condições atuais são bem menos adversas, em termos de confiança e mesmo de resultados econômicos, do que aquelas vigentes há um ano.

Para a Federação, além da permanência em trajetória de queda da inflação e dos juros, da estabilidade cambial e dos mercados, dos resultados positivos na balança comercial, da divulgação da recuperação na arrecadação federal e de bom desempenho do PIB trimestral, a melhoria no nível do emprego se estabelece mês a mês. Com isso, as projeções continuam apontando para um crescimento anual ao redor de 5% em 2017, no faturamento real do varejo paulista.

Delegacia Regional Tributária ABCD
Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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