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Negócios

Hotel com academia atrai mais hóspedes corporativos

Brasileiro quer manter rotina de exercícios enquanto está fora de casa e busca estabelecimentos que ofereçam a estrutura

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Hotel com academia atrai mais hóspedes corporativos

Hoteleiro deve entender que precisará investir quantia razoável para estruturar o espaço e que o retorno se dará no médio prazo
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero 

A qualidade da academia oferecida aos hóspedes já é um fator decisivo para atrair o cliente. Afinal, os brasileiros estão mais preocupados com a saúde. Pesquisa do Ministério do Esporte aponta que 54,1% da população pratica alguma atividade física no seu tempo livre. Esportes como futebol e vôlei são os campeões de preferência (76,6% e 21,4%, respectivamente), mas as academias de ginástica e musculação aparecem em terceiro lugar, com 4,5%. 

É de olho nesse público que os hotéis investem em espaços específicos para os exercícios. “As pessoas analisam a estrutura do hotel ao pesquisar e o fator decisivo de compra é a estrutura, e a academia está inserida nessa estrutura. A procura é maior do que por piscina”, diz Rodrigo Uchoa, gerente da rede Monreale, que possui unidades em Campinas, Guarulhos, Ribeirão Preto e São José dos Campos. Todas contam com espaço para a prática de atividades físicas. A partir de 2013, esses espaços passaram por revitalização, com troca dos equipamentos antigos por mais novos (aparelho multifuncional, um elíptico, halteres, esteiras e bicicletas). 

A academia recebe os hóspedes das 6h às 22h e não possui instrutor, uma vez que a maioria dos frequentadores já tem um roteiro de treino habitual. A média de uso gira em torno de 10 hóspedes por dia. A capacidade dos hotéis da rede varia de 80 a 150 quartos, dependendo da unidade, Entre os hóspedes, 80% são corporativos. 

Opções
Para os pequenos empresários do segmento hoteleiro que ainda não têm academia no estabelecimento, mas decidiram instalar uma, a dica é “buscar por equipamentos com certificação e qualidade, escolher espaços que sejam adequadamente iluminados e ventilados, e, acima de tudo, ter definidos e claramente difundidos entre os colaboradores do hotel os procedimentos de pronto atendimento no caso de intercorrências, além de pesquisar que tipo de equipamentos de primeiros socorros são obrigatórios”, aponta a presidente do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Viviânne Martins. 

Mas construir uma academia do zero exige investimento. E para uma pequena empresa, é uma decisão que deve ser tomada com cuidado. “Qualquer gasto extra sempre repercute de maneira imediata no fluxo de caixa do empreendimento”, alerta Antonio Carlos Bonfato, professor de Tecnologia em Hotelaria do Centro Universitário Senac Águas de São Pedro. 

Para analisar se vale mais a pena construir ou fazer uma parceria com um espaço vizinho, o empreendedor deve levar em conta alguns fatores, como o tempo médio de permanência no hotel. Segundo Bonfato, clientes que se hospedam mais que três dias em um hotel de negócios tendem a buscar atividades físicas em algum momento. 

Outro é o custo de implantação, que pode variar bastante, dependendo do equipamento, da quantidade e da qualidade das instalações físicas. Mas ter uma área com poucos itens depõem contra o estabelecimento e, nesse caso, é melhor ter parceria com alguma academia. 

Ainda existe a opção de locar um espaço no próprio hotel para uma empresa do ramo de renome, que pode atender os hóspedes e também o público externo. Aí a dica é conceder um significativo desconto ou mesmo a isenção de pagamento para quem está hospedado. 

“O principal é o empreendedor entender que será necessário um dispêndio de capital razoável no processo de implantação e que o retorno sobre o investimento se dará no médio prazo”, conclui Bonfato.

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