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Imprensa

Inadimplência recua lentamente e atinge 23% das famílias paulistanas

Em março, 926,2 mil lares tinham contas em atraso, aponta FecomercioSP

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O número de lares com contas em atraso, na cidade de São Paulo, caiu pelo quarto mês consecutivo. Em março, 23% das famílias estavam inadimplentes – em números absolutos, representa 926,2 mil famílias, uma redução de 112,5 mil em relação ao pico histórico, de novembro de 2022. O índice é tecnicamente igual ao registrado no terceiro mês do ano passado (23,1%).
 
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A redução da inadimplência foi impulsionada pelos lares com renda inferior a 10 salários mínimos. Para este grupo, a taxa de famílias que precisam quitar contas em atraso passou de 29,5%, em fevereiro, para 28,1%, em março – próximo do patamar registrado no mesmo período do ano passado, de 27,7%. Por outro lado, o grupo com renda mais elevada apontou estabilidade técnica na comparação mensal: 9,9%, ante os 9,8% do mês anterior. No contraponto anual, houve redução de 1,5 ponto porcentual (p.p.).
 
Outro dado positivo para o período é a redução, entre fevereiro e março, de 9,7% para 9,4% de famílias que dizem não ter condições de pagar a dívida em atraso, mesmo índice registrado há 12 meses. Isso representa 378 mil lares cientes da não quitação do compromisso feito. De acordo com o levantamento, a inflação e os juros elevados são os grandes impeditivos de uma queda mais rápida da inadimplência.
 
Endividamento

O índice de lares endividados passou de 74,3%, em março de 2022, para 72,7%, no mesmo período deste ano. Atualmente, são 2,94 milhões de famílias que lidam com algum tipo de dívida. Na comparação mensal, o índice ficou estável – em fevereiro o registro foi de 72,8%. A principal dívida continua sendo o cartão de crédito (83%), seguido pelos carnês (14,4%) e pelo financiamento de carro (11,6%).
 
Segundo a FecomercioSP, a redução da inadimplência e a manutenção do endividamento, são extremamente positivos para as famílias e para os empresários. Diante dos aumentos médios da renda real e da massa de rendimentos, as famílias, de maneira gradativa, devem conseguir pagar as contas em atraso – e, consequentemente, abre-se espaço para expandir o consumo atual.
 
Lares devem consumir mais

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) corrobora o cenário mais favorável visto na PEIC: pelo sétimo mês consecutivo, o indicador avançou, ao apresentar altas de 33,3%, no contraponto anual, e de 1,5%, na comparação com fevereiro. Isso significa que o consumidor tem olhado para o futuro com mais otimismo. Contudo, no curto prazo, o processo de melhora será gradual e lento.
 
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apontou forte crescimento de 21,2% em março, quando comparado ao mesmo período de 2022. Por outro lado, na relação mensal sofreu recuo de 1,1%. O desempenho negativo do mês está relacionado às expectativas quanto ao futuro do País. É importante esclarecer que o ICF observa mais o dia a dia das famílias, as condições dentro do domicílio, enquanto o ICC analisa o contexto mais macro. Frente aos números, constata-se que a situação nos lares está bem, mas, ao se analisar o Brasil como um todo, o olhar é menos otimista.
 
Notas metodológicas

PEIC
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.
 
ICF
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.
 
ICC
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

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