Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

“Legislação trabalhista vai contra o desejo dos talentosos”, diz André Farber

Vice-presidente de negócios de O Boticário diz que CLT impede jovens de ter flexibilidade no trabalho

Ajustar texto A+A-

“Legislação trabalhista vai contra o desejo dos talentosos”, diz André Farber

André Farber diz que legislação trabalhista e sistema tributário dificultam os negócios no País
(Tutu)

A atual legislação trabalhista brasileira não é um empecilho, mas, de fato, dificulta a prosperidade dos negócios no País. É o que avalia o vice-presidente de negócios de O Boticário, André Farber.

Veja também
“A CLT já nasceu ultrapassada”, diz Hélio Zylberstajn
“Brasil precisa avançar em educação para escapar da ‘armadilha da renda média’”, diz Ben Schneider
“Empresário brasileiro ainda copia muito de fora”, diz Oskar Metsavaht
“Apesar de todas as contradições, o Brasil é um mercado extraordinário”, diz o fundador da Wise Up

Em entrevista ao UM BRASIL, Farber afirma que, embora a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não tenha impedido a empresa de crescer e de ter ganhado mercado até mesmo fora do País, a lei vai na contramão do que desejam os jovens talentosos.

“O mundo atual é o mundo dos talentos, onde as pessoas querem liberdade, onde elas querem trabalhar a hora que puderem, de onde quiserem, com flexibilidade. Os talentos exigem isso. De acordo com a legislação, temos que ter a hora para entrar, a hora para sair, a hora correta do almoço. Não pode ter flexibilidade”, diz Farber. “Chega para um jovem supertalentoso aos 23 anos e diz: ‘entra às 9h, sai às 18h, almoço tal hora’. Ninguém quer”, completa.

Segundo ele, rever a legislação é uma maneira de atender à demanda dos novos profissionais, de maneira que possa adequar seus desejos ao mundo moderno. “Se a gente quer atender à demanda do talento e do jovem, vamos contra a legislação.”

Como exemplo, Farber, que também é diretor da empresa na Colômbia, cita que empreender no país vizinho é mais fácil do que no próprio País, em função do sistema tributário colombiano ser mais simples do que o brasileiro.

“A Colômbia é bem mais fácil do que o Brasil. As regras são mais claras e de mais fácil entendimento”, ressalta.

O vice-presidente de negócios de O Boticário não vê o empresariado brasileiro como dependente do Estado, mas diz que a categoria deve se posicionar mais nos debates políticos da atualidade.

“Acho que a sociedade brasileira desistiu da política e da economia. Ela se cansou desses temas e os abandonou. E como os abandonou, deixou para poucos cuidarem e deu no que deu. Acho que estamos em um momento de as pessoas entenderem que não dá para ser assim. Acho que isso vale para o empresariado também”, afirma.

A entrevista faz parte da série “Diálogos que Conectam”, realizada pelo UM BRASIL em parceria com a Brazil Conference – evento realizado anualmente por alunos brasileiros da Harvard University e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Confira na íntegra abaixo:

Fechar (X)