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Imprensa

Natal mais barato? Cesta de presentes para a data sobem 3,26% em 2025 no Brasil, abaixo da inflação do período, calcula FecomercioSP

Menor pressão sobre os preços contribui para as compras, enquanto joias encareceram 27% em 12 meses, por causa de incertezas geopolíticas que pressionaram o ouro

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De um lado, quem quiser presentear joias neste Natal terá que desembolsar um valor muito mais alto do que em 2024. De outro, porém, um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que, no geral, os produtos tradicionalmente procurados para a data vão estar abaixo da inflação geral do País.

As joias acumularam alta de 27% nos últimos 12 meses, muito por causa da alta no preço do ouro, matéria-prima que, por sua vez, se liga às incertezas do contexto geopolítico. Mas essa é uma exceção.

O estudo da FecomercioSP, a partir de 45 produtos tradicionalmente procurados para a data, aponta que os preços médios dessa cesta de Natal subiram 3,26% no período — uma taxa abaixo da inflação geral, que, até agora, está em 4,5%, segundo o IPCA-15, do IBGE [tabela 1]. Trata-se de um cenário semelhante ao do ano passado, quando a variação média da cesta foi de 2,6% e inflação estava acima do teto da meta (4,83%).

O otimismo também vem da expectativa de que a maior injeção de recursos do décimo terceiro salário na economia, aliada à diminuição da pressão sobre os preços nos últimos meses do ano, favoreça o desempenho das vendas no período. Isso é relevante, porque o Natal costuma ser o melhor período para o varejo, e dezembro, tradicionalmente, se destaca como o mês de maior faturamento — ainda que um estudo da Federação mostre que novembro, por causa da Black Friday, esteja perto de ocupar esse lugar em breve. 

[Tabela 1]

Cesta de Natal – Inflação

(% acumulada em 12 meses)


Vestuário fica mais caro e eletrônicos sofrem recuo

Não só as joias, mas até mesmo um substituto natural — as bijuterias — também ficou mais caro neste ano, com uma alta acumulada de quase 8%. Além disso, subiram os preços de produtos de cabelo (7,8%), livros não didáticos (6,6%), camisas masculinas (6,27%), sapato feminino (5,84%) e conjunto infantil (5,43%).

Apesar da alta em vestuário e calçados — grupo mais procurado pelos consumidores nesta época —, alguns itens baixaram de preço, como o short infantil, que teve redução de 3,07%. Já itens como lingerie, cueca e bolsas apresentaram variações próximas de 1,2%.

Entre os eletrônicos, houve quedas importantes, como televisores (-7,95%), aparelhos telefônicos (-6,26%) e computador pessoal (-0,92%). De acordo com a FecomercioSP, o câmbio mais favorável em comparação com o ano passado — de cerca de R$ 6 para R$ 5,30 — contribuiu para baratear as importações, tanto de produtos finais quanto de insumos utilizados pela Indústria brasileira.

Outros produtos bastante procurados apresentaram variações inferiores à média geral, como artigos de maquiagem (4,33%), brinquedos (3,5%) e perfumes (2,01%). Em termos relativos, a FecomercioSP explica que esses produtos ficaram mais baratos em relação à média de preços, mas os salários dos consumidores precisam acompanhar a inflação geral.

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