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Economia

Nova queda do PIB reforça gravidade do quadro recessivo da economia brasileira

FecomercioSP aponta que confiança de consumidores e empresários só irá melhorar com ações firmes do governo no combate à recessão

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Nova queda do PIB reforça gravidade do quadro recessivo da economia brasileira

Em meio a uma crise política com desdobramentos ainda imprevisíveis, os números do PIB divulgados nesta terça-feira (1º/12) confirmam o mau momento da economia brasileira. Os investimentos recuaram 15% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, a maior retração da série histórica, iniciada em 1996. Vale lembrar que eles registraram queda desde o terceiro trimestre de 2013 (na comparação com o período imediatamente anterior).

De acordo com análise da assessoria técnica da FecomercioSP, com os custos cada vez mais altos, recuo das receitas e ainda sem qualquer perspectiva de retomada, os empresários precisaram reduzir despesas e eliminar postos de trabalho. O aumento do desemprego, somado à inflação elevada, aos juros altos e ao conservadorismo dos consumidores, derrubou em 4,5% o consumo das famílias na comparação com o terceiro trimestre de 2014 – a terceira queda consecutiva nessa comparação. Sem confiança de que a situação irá melhorar, os empresários não investem.

O recuo do consumo derruba as receitas das empresas, que, por sua vez, eliminam empregos e criam um círculo vicioso que só será revertido quando empresários e consumidores voltarem a acreditar no Brasil. Além da preocupação com os números, assusta principalmente a apatia das lideranças políticas diante de um quadro cada vez mais desalentador.

Reconhece-se que a crise é estrutural, mas até agora as ações se concentraram na tentativa de se aumentar a carga tributária com a volta da CPMF, o que, na avaliação da Federação, apenas agravaria o quadro recessivo, retirando recursos de famílias e empresas e aumentando ainda mais os preços.

A inflação ultrapassa os 10% e ainda não dá qualquer sinal de trégua. A política monetária parece ter chegado ao seu limite, e os juros devem permanecer elevados, encarecendo o crédito e a dívida pública. O desemprego deve continuar subindo, e com ele, as tensões sociais. Com isso, o País está cada vez mais perto de ser rebaixado pelas demais agências de avaliação de risco.

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