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Economia

Pagamento do FGTS e 13º elevam a intenção de consumo, que atinge, em maio, o maior patamar desde abril de 2020

Apesar da melhora pontual provocada pela injeção dos recursos na economia, inadimplência se mantém próxima ao nível recorde

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Pagamento do FGTS e 13º elevam a intenção de consumo, que atinge, em maio, o maior patamar desde abril de 2020

Entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, a redução da insatisfação com as condições econômicas foi mais relevante
(Arte: TUTU)

O saque emergencial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e a antecipação do pagamento do décimo terceiro salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contribuíram para a alta, em maio, da Intenção de Consumo das Famílias (ICF). O indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) subiu 4,1% e registrou 80 pontos. Embora ainda indique insatisfação, pois está abaixo dos 100 pontos numa escala que vai de 0 a 200, este é o maior patamar do ICF desde abril de 2020 (98,8). Na comparação anual, o crescimento foi de 18,9%.
 
As sete variáveis que compõem o indicador registraram crescimento no mês, mas os itens Emprego Atual e Perspectiva Profissional se destacaram, crescendo 5,1% e 6,5% e atingindo as pontuações de 107,8 e 106,3, respectivamente. A avaliação da renda atual subiu 5,8%, chegando aos 85,3 pontos. A melhora no mercado de trabalho na capital paulista – que gerou, no primeiro trimestre, 60 mil novos empregos formais, além da reabertura da economia e a injeção de recursos do FGTS e do décimo terceiro – beneficiou o poder de compra dos consumidores paulistanos, em maio. Entretanto, ainda é insuficiente para cessar os impactos da inflação no orçamento doméstico.
 
Além disso, estas medidas não elevaram, na mesma proporção, o ânimo dos paulistanos em consumir. As variáveis que mensuram Nível Atual e Perspectiva para Consumo subiram 1,4% e 0,6%, respectivamente. Ambas ficaram abaixo dos 100 pontos (na zona de insatisfação), com as respectivas pontuações de 58,3 e 78,6. As demais altas foram observadas em Acesso ao Crédito (3,9%/81,5 pontos) e momento para duráveis (2,6%/42,1 pontos), porém, em patamares inferiores aos do ano passado (-9,5% e -8,6%, respectivamente).

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A análise por faixa de renda demonstrou que, entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, a redução da insatisfação com as condições econômicas foi mais relevante: alta de 4,7%, saindo de 71,4 pontos, em abril, para os atuais 74,8. Entre os lares com renda superior a este valor, o avanço foi de 2,5% (contudo, com pontuação mais elevada: 95 pontos). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) também foi alavancado pelos recursos do FGTS e do décimo terceiro salário, crescendo 1,5%.
 
Inadimplência próxima ao nível recorde

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da FecomercioSP, o número de inadimplentes ficou tecnicamente estável em maio: as famílias com dívidas em atraso eram 24,5%, ante os 24,6% em abril, quando houve o recorde da série histórica do levantamento. No mês, 983 mil lares não conseguiram pagar as dívidas até a data do vencimento. Entre as famílias com renda maior, a taxa ficou estável (12,2%), ao passo que entre as de renda menor, houve recuo de 29,5% para 29,3%.
 
Com mais recursos em mãos, as famílias estão focando no pagamento das dívidas. Após recorde em abril (75,3%), o número de lares endividados diminuiu 74,5%, o que significa que 28,1 mil famílias não têm mais dívidas, num total de 2,99 milhões de lares endividadas. A principal razão para esta redução foi o menor uso do cartão de crédito (de 93,7% para os atuais 91,9%). Além do encarecimento, as empresas de cartão e os bancos estão mais seletivos na concessão de crédito, dado o maior risco de inadimplência. Por outro lado, houve aumento do endividamento nos carnês (19,7%, ante 19,1% do mês anterior).
 
Na análise por faixa de renda, a redução do endividamento foi detectada tanto nas famílias que ganham até dez salários mínimos quanto nas que recebem acima deste valor. Para o primeiro grupo, o porcentual passou de 78,1% para 77,4%. Na faixa de renda mais alta, houve recuo de 67,1% para 66,2%.

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