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Negócios

Pandemia acelera uso da tecnologia na saúde e startups crescem neste segmento

Healthtechs colocam pacientes e médicos em sala virtual, mas regulamentação permanente no Brasil ainda está em discussão no Congresso Nacional

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Pandemia acelera uso da tecnologia na saúde e startups crescem neste segmento

Telemedicina tem sido utilizada desde o começo da pandemia e essa tendência veio para ficar
(Arte: TUTU)

A tecnologia alterou as relações em diversos segmentos, especialmente por causa das restrições impostas pela pandemia de covid-19 – e o da saúde não ficou de fora. Como consequência, a imagem de paciente e médico frente a frente de forma presencial, em um consultório, cedeu lugar às consultas a distância, realizadas, de forma virtual, por meio da câmera e do microfone de um computador ou smartphone.

Este serviço de assistência de saúde atende à necessidade de manter o distanciamento social e, ainda, não sobrecarrega o sistema de saúde. Assim, o uso dos serviços prestados pelas healthtechs, startups que desenvolvem soluções com foco no setor de saúde, cresceu 316%, segundo dados do Saúde Digital Brasil, entidade que reúne operadores privados de telemedicina.

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Os investimentos no ramo também cresceram, conforme aponta a plataforma de inovação aberta Distrito: as healthtechs brasileiras receberam, no primeiro trimestre deste ano, aportes de US$ 91,7 milhões – valor 324% superior ao mesmo período de 2020.

A expansão das startups brasileiras, como é o caso das healthtechs, é um dos temas que vêm sendo debatidos pela FecomercioSP através do Comitê Startups, que reúne grandes players de tecnologia com o objetivo de levar, ao Poder Público, melhorias a serem realizadas constantemente no ambiente de negócios.

Regulamentação

Um dos assuntos do momento é a discussão sobre os aspectos regulatórios que envolvem as healthtechs. As regras sobre a prestação de serviços de telemedicina são de 2002 e constam na Resolução 1.643 do Conselho Federal de Medicina (CFM). Contudo, diante da pandemia de covid-19, a Portaria 467, do Ministério da Saúde, e a Lei 13.989, ambas de 2020, determinaram que as ações de telemedicina de interação a distância podem contemplar o atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, de monitoramento e de diagnóstico, por meio de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como na saúde suplementar e privada.

Apesar de se reconhecer a importância da telemedicina durante a pandemia e de que essa tendência veio para ficar, ainda há pontos de divergência entre os parlamentares e a própria classe médica para a regulamentação permanente, principalmente com relação a obrigatoriedade de a primeira consulta ser presencial e a limitação de territórios para atendimento à distância.

A regulamentação permanente vem sendo debatida no Congresso Nacional. Um dos projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados é o PL 1998/20, que autoriza e define a prática da telemedicina em todo o país. Conforme a proposta, a telemedicina deverá ser realizada por livre decisão do paciente, ou do representante legal, e sob responsabilidade profissional do médico, respeitando o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados. Além disso, o texto prevê que o Conselho Federal de Medicina poderá regulamentar os procedimentos mínimos para a prática.

Como funciona?

De maneira geral, as plataformas oferecem um consultório digital em que a consulta é realizada à distância. Com base na descrição dos sintomas, o médico pode dar orientações, indicar tratamento, pedir exames ou recomentar a busca de atendimento de forma presencial, caso seja necessário. As receitas, atestados e guias de exames, por contarem com uma certificação/assinatura digital do médico, devem ser aceitos por laboratórios e farmácias. Todo atendimento é obrigatoriamente registrado em prontuário clínico e realizado por meio de sistema que garanta a segurança e o sigilo das informações.

Em relação à captação dos médicos, os métodos variam, podendo haver uma contratação direta pela plataforma ou mediante parcerias com hospitais e planos de saúde, nas quais os profissionais das respectivas instituições fazem o atendimento pela plataforma. Além de ter um custo menor para o plano de saúde, a telemedicina evita o deslocamento de pacientes aos hospitais, além de ampliar o contato entre médicos e pacientes em todo o país.

Desafios

O principal desafio da telemedicina é encontrar formas de humanizar o atendimento. Por isso, as empresas atuantes no setor precisam investir no treinamento dos médicos para que tenham “escuta” ativa durante a consulta, bem como ofereçam uma personalização do atendimento. Com o profissional atento, é possível reproduzir os sentimentos e comportamentos de uma consulta presencial e evitar que o processo seja automatizado e classificado como “frio”.

Também há desafios para tornar a telemedicina mais inclusiva no Brasil, considerando as diversidades regionais. Muitos hospitais públicos e postos de saúde ainda não contam com tecnologia que permitam realizar consultas à distância.

Nichos

O perfil dos pacientes é bastante diversificado, desde jovens até idosos. Por este motivo, a plataforma que oferece o serviço deve ser de fácil usabilidade, e é recomendável a disponibilização de um tutorial em vídeo ou um texto rápido e objetivo mostrando as principais funcionalidades, como por exemplo, agendamento e a realização da própria consulta.

Há também nichos de mercado a serem explorados, já que a pandemia alterou completamente a rotina de trabalho de muitas pessoas, com a adoção do home office. Além disso, as empresas têm contratado serviços de telemedicina com o objetivo de oferecer apoio psicológico aos funcionários.

Apoio ao empresariado

Os principais pleitos do setor fazem parte das reuniões do Comitê Startups, que monitora o desenvolvimento das startups brasileiras. Os trabalhos têm foco no acompanhamento das evoluções do ecossistema dessas empresas no Brasil e no exterior, bem como de políticas públicas. Recentemente, o Comitê recebeu o Cônsul-Geral de Israel no Brasil, Alon Lavi, para falar com empresários sobre as políticas de estimulo ao desenvolvimento de startups em Israel e perspectivas para o Brasil.

Conheça o Comitê.

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