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Economia

Reforma da Previdência deve influenciar oscilação do Ibovespa

Investidor deve se antecipar à votação da matéria para aproveitar valorização ou evitar perdas no mercado acionário

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Reforma da Previdência deve influenciar oscilação do Ibovespa

Se a Reforma da Previdência for aprovada, o Ibovespa tende a subir consideravelmente
(ARTE/TUTU)

A rigor, não existe uma metodologia científica que permita calcular o valor real de um ativo. Em resumo, o valor de qualquer bem depende da oferta e da demanda pelo produto, importando menos os custos envolvidos do que se costuma imaginar.

Isso fica mais claro em negociações em que o vendedor de um carro ou imóvel afirma que seu bem vale mais do que lhe oferecem – como na frase “só a construção custou mais do que isso”. O problema, nesse caso, é a confusão entre o valor de mercado e valor esperado pelo proprietário.

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O mesmo critério vale para ativos financeiros. O proprietário de ações costuma argumentar que as empresas estão subavaliadas e, portanto, o preço dos papéis está uma barganha. Do outro lado, o comprador se vale do argumento do risco: “Quem sabe quanto valem essas empresas na verdade?”. No fundo, não existe métrica científica de valor.

De todo modo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) ousa dizer que, se não se sabe o valor real do Ibovespa em pontos, principal índice da Bolsa brasileira, pode-se afirmar que não é o atual.

Em geral, o fator mais importante que deve determinar a recuperação efetiva da economia ou um retrocesso com forte risco de perda do controle fiscal é a Reforma da Previdência. Se aprovada, o Ibovespa tende a subir consideravelmente. O dólar só não deve despencar porque o Banco Central mitigará o efeito intervindo no mercado cambial para conter a volatilidade da moeda. Por outro lado, se a reforma não for aprovada, o risco de uma crise da dívida interna cresce significativamente. Nesse cenário, o Ibovespa pode cair de patamar.

A oscilação atual do índice se deve muito mais ao noticiário político do que a critérios técnicos, como balanços e projeções empresariais. Até porque o desempenho das próprias empresas e da economia dependem do ambiente político.

Portanto, para quem acredita que o governo tem condições de aprovar a reforma, o Ibovespa está barato e deve subir bastante. Quem crê o contrário, é hora de vender ações.

A FecomercioSP acredita que o custo de o País rejeitar essa reforma seria tão grande que não vê muito sentido em acreditar que a matéria não será aprovada. Em função da gravidade do tema, até mesmo um Congresso dividido e um governo de pouco apelo popular devem fazer a coisa certa.

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