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Economia

Saldo positivo da poupança reforça trajetória de recuperação da economia

Depósitos superaram os saques em R$ 17,1 bilhões em 2017, após dois anos de perdas

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Saldo positivo da poupança reforça trajetória de recuperação da economia

Saldo total da poupança atingiu R$ 724,6 bilhões no ano passado, o maior já registrado
(Arte/Tutu)

Após dois anos de resultados negativos, a poupança se recuperou em 2017. Os depósitos superaram os saques em R$ 17,1 bilhões, de acordo com o Banco Central.

Embora a captação líquida (depósitos menos saques) seja baixa se comparada a de 2013, quando registrou captação recorde de R$ 71 bilhões, o resultado reverte o que foi registrado em 2015 e 2016, quando a caderneta perdeu R$ 53,6 bilhões e R$ 40,7 bilhões, respectivamente.

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Somados captação líquida e rendimento, o saldo total da poupança atingiu R$ 724,6 bilhões no ano passado, o maior da série histórica, iniciada em 1995, com alta de 9% sobre o registrado em 2016.

Os resultados negativos da poupança em 2015 e 2016, anos em que a economia foi assolada pela crise, podem ser explicados pela dificuldade das famílias em pagar dívidas em função do elevado nível de desemprego, o que reduziu a renda da população. Assim, foi preciso recorrer às reservas para poder estabilizar a situação financeira.

Nesse período, além do desemprego, a população conviveu com inflação alta e taxas de juros elevadas, variáveis que também prejudicam as finanças pessoais.

No início de 2017, os saques se mantiveram em volume maior do que os depósitos, uma vez que a taxa de desemprego ainda não havia apresentado melhora, a confiança dos consumidores estava baixa e as taxas de inflação e de juros ainda estavam altas.

Contudo, a partir de maio, as captações da poupança passaram a ser positivas quase que ininterruptamente até o fim do ano – a exceção ocorreu em outubro. Confira o quadro:

poupanca_saldo_2017

Os saldos positivos apareceram ao mesmo tempo em que os indicadores econômicos apresentaram números favoráveis, principalmente no que diz respeito ao mercado de trabalho.

Também vale notar que houve aumento da massa salarial no terceiro trimestre de 2017, com alta de 3,9% sobre o mesmo período do ano anterior. A massa salarial é a soma de todos os salários pagos aos trabalhadores e sua melhora aponta para uma maior propensão a consumir e a poupar.

Em geral, o aumento dos depósitos é um sinal de que há mais segurança de as famílias pagarem as suas dívidas, o que diminui o risco de inadimplência. Consequentemente, os bancos facilitam o acesso ao crédito, o meio mais utilizado para compras, principalmente de bens duráveis.

Embora tenha havido uma queda na participação da poupança entre as aplicações financeiras, a caderneta continua sendo o investimento mais utilizado pelos paulistanos. De acordo com a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 62,4% dos aplicadores que moram na capital paulista informaram ter a poupança como principal destino de seus recursos em dezembro do ano passado.

Acima de tudo, o resultado positivo da poupança indica que a economia está se recuperando e que 2018 deve ser um ano de melhores notícias para os brasileiros.

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