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Economia

Setor de serviços paulistano cresce 21,2% em abril e tem faturamento recorde

Contudo, ambiente de incertezas gerado pela paralisação dos caminhoneiros e eleições podem afetar as vendas do setor no decorrer do ano

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Setor de serviços paulistano cresce 21,2% em abril e tem faturamento recorde

Destacam-se os segmentos de mercadologia e comunicação; agenciamento, corretagem e intermediação; e serviços bancários, financeiros e securitários
(Arte: TUTU)

O setor de serviços na cidade de São Paulo cresceu 21,2% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado registrando um faturamento real de R$ 27,6 bilhões, a maior cifra para o mês desde o início da série histórica, em 2010. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em dados da Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico.

Com alta de 13,8% no primeiro quadrimestre de 2018, as vendas do setor de serviços na capital paulista foram favorecidas pela inflação baixa e por uma leve melhora nos níveis de produção e emprego. De acordo com a assessoria técnica da Federação, mesmo diante de um ambiente de incerteza eleitoral, os consumidores se mostraram mais dispostos a tomar crédito, e as empresas, a contratar alguns serviços.

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Embora as vendas estejam crescendo, o empresário de serviços deve ficar atento para um eventual momento menos promissor. Isso porque a inflação em maio e junho foi impactada pela paralisação dos caminhoneiros e pela alta do dólar, cuja oscilação tem sido intensificada em função da incerteza no quadro eleitoral brasileiro.

A FecomercioSP ressalta que o ciclo de recuperação do setor de serviços não deve ser interrompido caso a alta inflacionária seja momentânea. Por outro lado, se as incertezas na economia do País seguirem provocando aumento do dólar, a inflação tende a se elevar, reduzindo o poder de compra do consumidor. Nesse caso, o Banco Central deve aumentar os juros, o que encarece o crédito. Consequentemente, as vendas devem crescer menos ou até mesmo estagnarem no decorrer de 2018.

Portanto, a Entidade recomenda que o empresário evite se endividar e gerencie cautelosamente o capital de giro, mantendo o máximo possível de recursos em caixa à disposição. Além disso, é importante que as pequenas e médias empresas elaborem um planejamento estratégico considerando esse cenário, de modo a otimizar os custos e a oferta de serviços em um eventual período menos propício aos negócios.

Segmentos
Em abril, dez das 13 atividades pesquisadas registraram aumento no faturamento real em relação ao mesmo mês do ano anterior. Destacam-se os segmentos de mercadologia e comunicação (118,2%)*; agenciamento, corretagem e intermediação (41,3%); e serviços bancários, financeiros e securitários (31,3%).

As atividades que tiveram resultados negativos foram representação (-17,1%); construção civil (-10,6%); e conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-0.4%).

*Nota Técnica
A partir de fevereiro de 2018, foi adicionado à lista de serviços da PCSS, por meio da Instrução Normativa SF-SUREM nº 23, de 22/12/17, da Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo, o código CNAE 02498, relativo a Inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita). Essa inserção impacta diretamente no faturamento da atividade Mercadologia e Comunicação, que apresentará variações elevadas nos comparativos anuais até completar o ciclo de doze meses da adição, em fevereiro de 2019.

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