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Economia

Transição política e incerteza econômica fazem investidor esperar definições concretas para decidir onde aplicar

Muito tradicionais no Brasil, aplicações em renda fixa deverão ser maioria, com gradativa migração para renda variável, conforme o que ocorrer nos próximos meses

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Transição política e incerteza econômica fazem investidor esperar definições concretas para decidir onde aplicar

No Brasil a renda fixa tem sido a campeã de audiência nas duas últimas décadas, com grandes retornos diante de baixo risco
(Arte/TUTU)

Apesar da recuperação de uma parte do otimismo de agentes econômicos – baseada apenas nas expectativas futuras e não nas condições atuais – há ainda incertezas decorrentes da transitoriedade (ou interinidade) da situação política. Esta, por sua vez, torna as ações das autoridades econômicas também transitórias, gerando muita insegurança para o investidor.

Em um ambiente político já definido, as apostas em ações e derivativos de renda variável seriam indicadas. Contudo, como essa transitoriedade se definirá em poucos meses, cabe esperar para decidir pela melhor opção de investimento, sugere a assessoria técnica da FecomercioSP.

Quem aplicou em ações, pode mantê-las, até porque os preços estão bons, e mesmo com um revés político, as quedas esperadas são suportáveis, dado o patamar ainda baixo dos preços de muitas ações, aponta a Entidade, ressaltando que em nenhuma circunstância o investidor deve apostar todas as fichas em ações. Vale dizer que para grandes quantias investidas, o ideal é optar por estratégias de diversificação, já para pequenas, sem possibilidade de diversificação, a renda fixa é a melhor opção.

Passado o quadro transitório na política e na economia, o investidor deverá considerar alguns fatores para decidir onde aplicar. Na hipótese de que se mantenha a mudança de rumos econômicos, e, portanto, a trajetória de recuperação da confiança, a tendência de queda de juros nominais aumenta, e, ao mesmo tempo, as apostas no crescimento econômico são retomadas.

Com isso, investimentos (nacionais e estrangeiros) vão florescer e impulsionar o valor das empresas, principalmente as grandes e listadas em Bolsa. Como o patamar atual dos preços de ações é baixo, muitos investidores (que ainda não estão posicionados no mercado acionário, ou estão subposicionados) vão optar por renda variável.

Quem já aplicou em ações, deve ficar com elas. Quem não aplicou deverá esperar a definição e a redução do número de incertezas. Ou seja, os investidores tendem a aplicar fortemente em renda fixa (quase que algo eterno no Brasil) e gradativamente migrar para renda variável, acompanhando os acontecimentos dos próximos dois meses.

Renda Fixa
No Brasil a renda fixa tem sido a campeã de audiência nas duas últimas décadas, com grandes retornos diante de baixo risco, o que contraria a hipótese de retorno compatível com o risco. Exatamente por isso, considera a assessoria técnica da FecomercioSP, a estratégia de concentrar em renda fixa é tão disseminada, tornando o sistema de poupança do País quase viciado em juros altos com riscos baixos. Na análise da Federação, esse “vício” traz fortes distorções macro e microeconômicas, mas é um fato, e, portanto, deve ser levado em conta pelo investidor ao decidir onde aplicará seu dinheiro.

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