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Negócios

Turismo está entre os alvos da tendência de fusões e aquisições

Para especialistas, pequenas e médias empresas podem oferecer expertise em segmentos específicos e se beneficiarem da estrutura de gestão das maiores

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Turismo está entre os alvos da tendência de fusões e aquisições

Tendência de consolidação é forte no setor e organizações maiores oferecem estrutura e investimentos
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

O ano é propício para fusões e aquisições de empresas dos mais diversos setores no Brasil. Para os investidores estrangeiros, a oportunidade está no dólar valorizado – tornando os ativos no País mais baratos. Para os empresários brasileiros, os custos crescem com a manutenção de pequenas e médias empresas.

A análise é do sócio da consultoria KPMG para fusões e aquisições, Luis Motta. “As grandes empresas estão se consolidando”, destaca o especialista, apesar de o relatório da consultoria mostrar queda de 5% no número de transações do tipo envolvendo empresas brasileiras em 2015 na comparação com 2014.

No setor de turismo, eventos e viagens, um exemplo da tendência é a operadora de viagens CVC, líder de mercado no País, que ao longo de 2015 passou a operar com turismo corporativo, após a aquisição da líder no segmento, a Rextur Advance. Além disso, reforçou presença no turismo online, com a compra de 100% da Submarino Viagens. Assim, em 2015 a empresa faturou R$ 8,6 bilhões (somadas as três operações).

No caso da Rextur, com a compra, a CVC ficou com 51% das ações enquanto a família (fundadora da corporação) é a responsável pelos 49% restantes. Segundo o presidente do Grupo CVC, Luiz Eduardo Falco, em aquisições como essa é válido trazer a equipe da empresa adquirida para o grupo. Entre os benefícios estão aumentar o canal de distribuição em outros segmentos e aproveitar o know-how naquele setor.

“Empresas de prestação de serviços são diferentes de quem vende produtos. Se não trouxer a equipe junto é como se não tivesse comprado nada. É bom que seja assim porque os interesses estão alinhados. Eles [a família] tocam a companhia, já têm ‘pedigree’ no segmento, e nós da CVC ajudamos com o modelo de gestão e técnicas de governança”, ressalta Falco.

Para o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Edmar Bull, a tendência de consolidação é forte no setor, e a venda (de pequenos e médios) para organizações maiores possibilita que a empresa receba mais investimentos, como em tecnologia, componente essencial atualmente.

“Infelizmente, ainda existe a cultura brasileira de investir mais na pessoa física, tendo o carro do ano, por exemplo, do que investir na empresa. Por isso, a venda ou fusão com empresas maiores tende a ser mais benéfica para o pequeno e o médio”, diz Bull, frisando que, dessa forma, os empresários aprendem a gerir melhor o negócio, contando também com o apoio estrutural das grandes. 

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