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Negócios

Turismo nacional cresce no primeiro semestre e registra melhor patamar desde 2019

Setor apontou faturamento de R$ 95,3 bilhões nos primeiros seis meses e alta de 1,9%, em comparação a 2023

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Turismo nacional cresce no primeiro semestre e registra melhor patamar desde 2019
Segundo a FecomercioSP, a pesquisa mostra que o maior impulso para o resultado semestral veio do segmento de locação de meios de transporte, com alta de 11% (Arte: TUTU)

O Turismo brasileiro registrou o melhor desempenho para um primeiro semestre desde 2019. De acordo com dados inéditos do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o setor faturou R$ 95,3 bilhões, crescendo 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O levantamento mostra que o maior impulso para o resultado semestral veio do segmento de locação de meios de transporte, que apresentou alta de 11% na primeira metade do ano. Algumas das principais empresas da atividade de locação de veículos registraram altas relevantes na receita no segundo trimestre, conforme divulgação de balanço, como a Localiza (16,1%), a Movida (30%) e a Unidas (49,8%), impulsionando o setor.  

Os meios de hospedagem, com alta de 6,7% no semestre, também foram grandes responsáveis pelo resultado. O faturamento chegou a R$ 11,4 bilhões. Neste caso, o aumento na tarifa média (aliado à demanda) foi o principal fator para o desempenho positivo. Embora a taxa de ocupação tenha ficado estável nos seis primeiros meses, os preços dos bilhetes subiram 10,6%, contribuindo para a receita por quarto disponível (RevPAR), de acordo com o Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). Outro segmento em destaque foi o de alimentação, com crescimento de 6,5% e faturamento de R$ 14,6 bilhões, influenciado pelo próprio movimento do Turismo, que favorece o aumento dessa necessidade básica do viajante.

As demais elevações foram observadas nas atividades culturais, recreativas e esportivas (3,9%), em outros tipos de transporte aquaviário (2,5%) e no transporte aéreo (1,2%). Já as reduções foram registradas no transporte rodoviário de passageiros (-9,1%) e entre as agências, operadoras e outros serviços de turismo (-1,4%).

Na avaliação da FecomercioSP, ainda que haja espaço para expansão, ao que tudo indica, o setor chegou ao patamar de normalidade, com projeção de variações mais modestas nos próximos meses — inclusive com possíveis quedas em razão de eventuais reduções de preços. No entanto, o que importa é o fato de o setor seguir avançando, com as condições macroeconômicas favoráveis que contribuíram para os resultados no primeiro semestre (melhoria da economia e das condições financeiras das famílias, além das quedas do desemprego, da inflação e dos juros) se mantendo na segunda metade do ano. 

TABELA 1

FATURAMENTO DO TURISMO NACIONAL POR SERVIÇOS PRESTADOS

Junho de 2024

No mês de junho, especificamente, o Turismo nacional cresceu 1,6% e obteve um faturamento de R$ 15,6 bilhões, influenciado pelas elevações de 9,9%, nos serviços de locação de meios de transporte, e de 9,1%, nos serviços de alojamento. Alimentação também contribuiu para o resultado, com alta de 5,6%. No sentido inverso, o transporte rodoviário apontou retração anual de 7,4%, ao passo que agências, operadoras e outros serviços de turismo ficaram 0,7% abaixo do visto em junho de 2023.

Dados regionais

No âmbito regional, o setor faturou R$ 11,8 bilhões, apontando alta de 2,2% no sexto mês do ano. Tocantins e Sergipe seguiram liderando, com variações de 12,7% e 10%, respectivamente. O Estado de São Paulo, que corresponde a cerca de 35% do total, apontou aumento anual de 2,6%. Já o Rio Grande do Sul apresentou nova queda expressiva (-12,6%). No Estado gaúcho, a redução de faturamento nesses dois meses foi de R$ 220 milhões. 

No acumulado do ano, o faturamento do Turismo nos Estados registra alta de 2,1% — um faturamento de R$ 71,9 bilhões —, o que significa incremento de R$ 1,5 bilhão em comparação ao mesmo período do ano passado. Tocantins (8,3%), Amazonas (7,6%) e Espírito Santo (6,1%) apresentaram as maiores altas. O levantamento da FecomercioSP, neste caso, não considera o setor aéreo. 

TABELA 2

FATURAMENTO DO TURISMO POR REGIÃO

Junho de 2024


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