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Economia

Varejo paulista deve contratar até 25 mil empregados temporários para o fim do ano

Retomada de confiança e expectativa de aumento das vendas devem impulsionar a criação de empregos temporários; lojas de vestuário e supermercados liderarão as contratações

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Varejo paulista deve contratar até 25 mil empregados temporários para o fim do ano

Setor de vestuário, tecidos e calçados deve concentrar cerca de 50% das vagas, e os supermercados paulistas, aproximadamente 25%
(Arte/TUTU)

Historicamente, a contratação de trabalhadores temporários para atender à movimentação intensa de compras decorrente das festas de fim de ano tem início nos meses de outubro e novembro, período em que se registra a maior geração de vagas formais (admissões menos desligamentos) no varejo paulista. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em 2017, o comércio varejista mostra uma tendência de recuperação de vagas formais, e a expectativa de contratação de trabalhadores temporários no estado de São Paulo é de até 25 mil vagas, ante as aproximadamente 19 mil vagas vistas no mesmo período de 2016.

Para a Entidade, o setor de vestuário, tecidos e calçados deve concentrar cerca de 50% das vagas, e os supermercados paulistas, aproximadamente 25%. As demais vagas temporárias deverão ser abertas pelas atividades de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; e farmácias e perfumarias.

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Entre as principais razões para o aumento na geração de vagas temporárias está a sólida recuperação das vendas do comércio varejista que cresceram 3,6% no acumulado do primeiro semestre. Além disso, dado que o ciclo recessivo enfrentado pelo varejo paulista nos últimos três anos resultou na eliminação de quase 140 mil vínculos formais entre janeiro de 2015 e junho de 2017, o aumento da demanda exige que os estabelecimentos reponham o seu quadro de funcionários.

Segundo a assessoria econômica da Federação, as condições presentes hoje são bem menos adversas, em termos de confiança e mesmo de resultados econômicos, do que aquelas vigentes há um ano.  A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), e seu subíndice de perspectivas de contratação de funcionários, por exemplo, registraram crescimento em torno de 20% em relação ao ano passado.

O próprio mercado de trabalho do comércio varejista paulista já mostrou sinais reação. A perda de vagas no primeiro semestre de 2017 foi metade da verificada no mesmo período de 2016, e a geração de empregos com carteira assinada acumulada em julho e agosto deste ano (13.682 vagas) foi quase o dobro do registrado em 2016.

Para a FecomercioSP, o faturamento real do varejo paulista deve crescer aproximadamente 5% em 2017, consolidando o ciclo de recomposição do consumo mesmo diante das instabilidades políticas, trazendo boas perspectivas para 2018. Vale ressaltar, porém, que o setor ainda vai demorar para recuperar os níveis de vendas pré-crise e, por esse motivo, a expectativa é de que ocorra uma mínima efetivação de vínculos temporários, em torno de 10%.

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