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26/05/2017Vendas do comércio varejista da região de Araçatuba caem 3,7% em fevereiro e alcançam R$ 703,3 milhões
Segundo pesquisa da FecomercioSP, retração pode ser explicada pelo efeito calendário já que 2016 foi um ano bissexto e, portanto, o mês de fevereiro teve 29 dias
São Paulo, 26 de maio de 2017 – Em fevereiro, as vendas do comércio varejista da região de Araçatuba atingiram R$ 703,3 milhões, queda de 3,7% em relação ao mesmo mês de 2016. Parte do resultado pode ser explicado pelo efeito calendário já que ano passado foi bissexto, ou seja, um dia a mais em fevereiro e também pela forte base de comparação já que em fevereiro de 2016 as vendas do varejo da região haviam crescido 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.No acumulado dos últimos 12 meses,houve crescimentode 2% nas vendas.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Entre as nove atividades pesquisadas, sete apresentaram retração em fevereiro na comparação como mesmo mês de 2016. Os destaques negativos foram os segmentos de supermercados (-12,8% e impacto negativo de 4,6 pontos porcentuais (p.p) para o resultado geral), outras atividades (-1,8% e impacto de -0,6 p.p.) e materiais de construção (-9,1% e contribuição de -0,5 p.p.).
Em contrapartida, as atividades de farmácias e perfumarias (31,2% e colaboração de 2,2 p.p.) e autopeças e acessórios (15,9% e contribuição de 0,6 p.p.) foram as únicas que apresentaram crescimento no faturamento na mesma base comparativa.
Desempenho estadual
As vendas no comércio varejista do Estado de São Paulo registraram queda de 0,8% em fevereiro, na comparação com mesmo mês de 2016. O resultado, porém, não interrompe a série de crescimento no faturamento do setor, pois deve-se considerar o efeito calendário já que ano passado foi bissexto, ou seja, um dia a mais em fevereiro. Vale destacar que a média diária das vendas reais em fevereiro de 2017 foi 2,7% superior a fevereiro do ano passado, o que torna o resultado de -0,8% mais favorável do que pode parecer com a análise isolada do número. Assim, o varejo paulista registrou faturamento real de R$ 45,3 bilhões no mês, R$ 370,9 milhões abaixo do valor apurado em fevereiro de 2016. No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, as vendas no varejo cresceram 1,7%, em termos reais, o que representa R$ 1,6 bilhão a mais de receita. Considerando os últimos 12 meses, o setor apresentou alta de 0,5% nas vendas.
Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, sete apresentaram crescimento no faturamento real na comparação com o mesmo mês de 2016, com destaque para Marília (8,7%), Araraquara (8,2%) e Ribeirão Preto (4,4%). As maiores quedas nas vendas foram registradas nas regiões de Osasco (-12,3%), Bauru (-7%) e Litoral (-5,5%).
Das nove atividades pesquisadas, três mostraram aumento em seu faturamento real em fevereiro, na comparação com mesmo mês de 2016: farmácias e perfumarias (16,1%), autopeças e acessórios (13,0%) e outras atividades (0,9%). Essas altas contribuíram para o resultado geral com 1,6 ponto porcentual (p.p.).
As retrações registradas pelos setores de concessionárias de veículos (-8,6%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-5,7%) e supermercados (-1,4%) foram determinantes para o desempenho negativo impactando com -1,9 p.p. no resultado geral.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o varejo deu andamento no mês a um processo de lenta recuperação de seu movimento, como vinha sendo observado desde novembro. Até o momento, há uma combinação positiva de elementos determinantes para o comércio varejista que acabam por fundamentar a melhora nos indicadores de confiança dos consumidores e empresários, constatada há meses pela Federação. São eles: a queda da inflação (que está convergindo para o centro de sua meta anual), o ciclo de cortes na taxa básica de juros e a elevação na renda agrícola por causa do forte aumento de exportações de commodities (onde São Paulo tem grande presença).
Expectativa
De acordo com a Federação, mesmo com a lenta recuperação que está em curso, é preciso ter cautela na avaliação da sustentabilidade dessa tendência. Isso porque o grande obstáculo para a consolidação de fato de um ciclo sustentado de recuperação das vendas, segundo a Entidade, ainda dependente de uma reativação ampla e contínua do ritmo das demais atividades que permita o aumento das taxas de emprego e consequente recomposição da renda interna da população ocupada. Na visão da FecomercioSP, as condições necessárias para isso infelizmente ainda não estão efetivadas como a estabilidade do quadro político, o controle e o ajuste das contas públicas que, por sua vez, grande parte depende das reformas nos âmbitos trabalhista, previdenciário e tributário.
Apesar disso, a Federação aponta para 2017 uma taxa de crescimento anual das vendas de 2,7% motivada pelo conjunto dos principais indicadores econômicos e suas perspectivas. A prioridade da equipe econômica para o controle da inflação e a restauração da credibilidade do mercado que permita a atração de investimentos internos e externos também refletem na taxa de crescimento.
Delegacia Regional Tributária Araçatuba
Alto Alegre, Andradina, Araçatuba, Auriflama, Avanhandava, Barbosa, Bento De Abreu, Bilac, Birigui, Braúna, Brejo Alegre, Buritama, Castilho, Clementina, Coroados, Floreal, Gabriel Monteiro, Gastão Vidigal, General Salgado, Glicério, Guaraçaí, Guararapes, Guzolândia, Ilha Solteira, Itapura, Lavínia, Lourdes, Luiziânia, Magda, Mirandópolis, Murutingado Sul, Nova Castilho, Nova Independência, Nova Luzitânia, Penápolis, Pereira Barreto, Piacatu, Rubiácea, Santo Antônio do Aracanguá, Santópolisdo Aguapeí, São João de Iracema, SudMenucci, Suzanópolis, Turiuba, Valparaiso, Zacarias.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios, concessionárias de veículos, farmácias e perfumarias, lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos, lojas de móveis e decoração, materiais de construção, supermercados, lojas de vestuário, tecidos e calçados e outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente para apurar o valor real das vendas em cada atividade e o volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
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