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Imprensa

Vendas do comércio varejista do Estado de São Paulo crescem 8,2% em janeiro

Faturamento real atingiu R$ 91,2 bilhões, o maior para o mês em 15 anos, aponta FecomercioSP

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O primeiro mês de 2023 mostrou sólida expansão no desempenho do comércio no Estado paulista. No período, as vendas reais cresceram 8,2%, em comparação ao mesmo mês de 2022. Desde 2008, início da série histórica, este é o melhor resultado para o setor nos primeiros 31 dias do ano.

O faturamento registrado foi de R$ 91,2 bilhões, o que representa R$ 7 bilhões a mais do que o apurado em janeiro de 2022. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Das nove atividades pesquisadas, oito registraram aumento na renda real, no primeiro mês do ano. Destaque para o segmento de autopeças e acessórios (16,2%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (15,5%), influenciados pela manutenção de crédito ao consumidor. Outro desempenho positivo foi constatado entre os supermercadistas (15,2%) — desde setembro de 2022, a alta dos preços e a priorização dos gastos das famílias têm contribuído para a elevação da atividade. Influenciadas pelas tradicionais liquidações de início do ano, as lojas de vestuário, tecidos e calçados contabilizaram crescimento de 11,1%. A única retração, em janeiro, foi registrada pelo grupo de outras atividades, que apontou variação negativa de 5,6%.

De acordo com a FecomercioSP, o desempenho positivo no mês ainda está relacionado à utilização de recursos do décimo terceiro salários recebidos pelos trabalhadores celetistas, no último bimestre do ano passado. No entanto, o grande responsável pelo crescimento das vendas do varejo é o mercado de trabalho aquecido: atualmente, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado de São Paulo apresenta a menor taxa de desemprego nacional, desde o fim de 2014 (7,7%).

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Mais poder de compra

Além disso, o arrefecimento da inflação permitiu um ganho gradual no rendimento real do trabalhador. Em um ano, houve crescimento de R$ 10 bilhões em recursos a mais disponíveis para as famílias. Vale ressaltar que parte do interior do Estado sofre influência do momento positivo para o agronegócio. Impulsionadas pelos aumentos do preço internacional e da produção do setor, estas regiões têm ganhos significativos. Consequentemente, há mais emprego e renda, assim como mais vendas no comércio.

Por outro lado, há sinais de esgotamento, por exemplo, no setor automotivo. Algumas montadoras paralisaram a produção e deram férias coletivas em decorrência de um cenário econômico desfavorável e da falta de insumos. Assim, a tendência deve ser de arrefecimento nas vendas ao longo do primeiro semestre.

De modo geral, a FecomercioSP aponta que o comércio paulista conseguiu recuperar o fôlego para manter o ritmo de altas nos próximos meses. Diante da atual conjuntura brasileira, de várias incertezas, o varejo no Estado se descola e mostra a sua estrutura sólida, o que permite recuperação e expansão mais expressivas em relação a outras regiões do País.

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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