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11/01/2018Vendas do varejo paulista mantêm trajetória positiva e crescem 4,3% em outubro, aponta FecomercioSP
Segundo a Entidade, o faturamento real do comércio varejista atingiu R$ 52,7 bilhões, R$ 2,17 bilhões acima do registrado em outubro de 2016
São Paulo, 11 de janeiro de 2018 – Em outubro, as vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo cresceram 4,3% em relação ao mesmo mês de 2016 e atingiram R$ 52,7 bilhões, R$ 2,17 bilhões acima do apurado no mesmo período do ano anterior. Com esses resultados, a variação acumulada no ano de 2017 foi de 4,4%, que, em termos reais, representa um faturamento R$ 21,2 bilhões superior ao registrado entre janeiro e outubro de 2016.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Como tem sido recorrente há meses, em outubro, o desempenho do varejo foi positivo em todas as 16 regiões analisadas, com destaque para as regiões de Guarulhos (10,4%), Taubaté (8,4%) e Araçatuba (7,5%).
Todas as nove atividades pesquisadas mostraram aumento em seu faturamento real em outubro, com destaque para concessionárias de veículos (9,2%); outras atividades (3,3%); e materiais de construção (8,5%), que, somadas, contribuíram com 2,4 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.
De acordo com a FecomercioSP, o ciclo de recomposição das vendas varejistas permanece sustentado pela conjunção positiva de inflação, emprego e crédito, que elevou o nível de confiança das famílias e das empresas. O processo de recuperação permanece liderado pelo segmento de bens duráveis, o mais afetado pela crise 2014-2016, quando sofreu retração de vendas de 30%. As atividades ligadas ao comércio desses bens apresentaram um resultado acima das expectativas traçadas no início de 2017, o que indica que os consumidores estão mais seguros para a aquisição de bens dependentes de crédito, em função da melhoria de suas expectativas.
Expectativa
Segundo projeções da FecomercioSP, o faturamento real do varejo paulista continua apontando para um crescimento anual ao redor de 4% em 2017. Contribuem para esse cenário o bom desempenho do PIB trimestral e a melhora no nível do emprego, aliados à permanência de uma inflação sob controle e juros em queda, a estabilidade cambial e dos mercados, além dos resultados positivos na balança comercial.
Capital paulista
As vendas do varejo na capital paulista apresentaram, em outubro, um crescimento de 2,4% no seu faturamento real em relação ao mesmo período de 2016. Apesar do resultado positivo, foi o segundo pior desempenho entre as 16 regiões analisadas. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi o quinto maior resultado do varejo paulistano para um mês de outubro, com receita de R$ 16,4 bilhões, R$ 380,8 milhões a mais do que a registrada em outubro de 2016.
Sete das nove atividades apontaram crescimento no mês, no comparativo com outubro de 2016, com destaque para os segmentos de concessionárias de veículos (6,4%); farmácias e perfumarias (5,9%); e materiais de construção (7%) que, somados, contribuíram com 2 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral. Os desempenhos negativos foram observados nos segmentos de supermercados (-0,3%) e outras atividades (-1,9%).
Para a Entidade, os indicadores econômicos positivos geram estimativas otimistas para o crescimento do varejo na capital. A FecomercioSP estima que o faturamento real anual do comércio paulistano cresça 5% em 2017.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
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