A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) incentiva o uso de uma frota mais sustentável no comércio como forma de contribuir para o Plano de Ação Climática do Município de São Paulo (PlanClima SP), que, dentre diversas ações, propõe incrementar a adoção de fontes energéticas renováveis em substituição aos combustíveis fósseis no transporte e nos usos estacionários residenciais, comerciais, institucionais e industriais.

Apesar de as medidas relacionadas aos transportes serem direcionadas à frota que presta serviços à Prefeitura Municipal de São Paulo e aos ônibus municipais (Lei 16.802/2018), o Conselho de Sustentabilidade da Entidade realizou um levantamento das ações com as quais o comércio está diretamente envolvido.

“Algumas empresas têm iniciativas em andamento neste sentido. São projetos-piloto iniciados em 2021 e neste ano que, em breve, apresentarão resultados positivos com foco na redução dos gases de efeito estufa”, enfatizou Cristiane Cortez, assessora técnica do conselho, na 17ª reunião do Comitê Gestor do Programa de Acompanhamento da Substituição de Frotas por Alternativas Mais Limpas (Comfrota), ocorrida de forma remota no dia 25 de agosto – a pedido do secretário-executivo da Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas – SECLIMA, da Secretaria de Governo Municipal – SGM, Antonio Fernando Pinheiro Pedro.

No encontro, a Federação apresentou o Diagnóstico Fecomercio SP sobre o PanClimaSP, contemplando uma análise do plano e os resultados de uma pesquisa, realizada, com empresas do comércio paulistano, com o objetivo de fornecer subsídios à prefeitura para a estruturação de ações de incentivo.

“Atualmente, a cidade de São Paulo é responsável por 25% da frota do País, e é fundamental que desenvolvamos um trabalho firme com o setor comercial para que os modais sejam alterados, tendo em vista a nossa busca por redução das emissões como um todo”, explicou Pedro.

Diagnóstico FecomercioSP sobre o PanClimaSP

A pesquisa da Entidade foi realizada por telefone com 100 empresas de comércio situadas na cidade de São Paulo, no período de outubro a novembro de 2021, das quais 90 tinham mais de 10 empregados, e 10, menos de 50 empregados.

No levantamento, constatou-se que, na área de modais, ainda sem metas específicas no PlanClima, é mínima a adesão aos menos poluentes. Ainda assim, o veículo a álcool é o mais utilizado pelas empresas, entre os transportes menos impactantes ao meio ambiente, para a entrega de mercadorias. Uma parcela menor de companhias usa veículos a gás natural, elétrico e/ou bicicleta para a função. “Mesmo que em pequena escala, as empresas estão colocando em prática projetos mais sustentáveis”, comentou Cristiane.

Dentre as metas impostas pelo PlanClima para práticas de baixo carbono, verificou-se que:

• 85% fazem uso de lâmpadas LED nas empresas;
• 48% fazem destinação correta de mais de 50% dos resíduos de papel (reciclagem);
• 37% fazem a destinação de mais de 50% do resíduo plástico (reciclagem);
• 18% fazem o desvio de mais de 50% do resíduo alimentar de aterro sanitário.

Em contrapartida, apenas 1% afirmou ter algum sistema de geração distribuída fotovoltaica, aquecimento de água solar e sistemas de resfriamento/ventilação de alta eficiência.

PanClimaSP

O Plano de Ação Climática do Município de São Paulo foi instituído pelo Decreto 60.289/2021, do qual a assessoria do Conselho de Sustentabilidade colaborou com o processo de elaboração.

Isso, porque a FecomercioSP tem como missão representar e promover o desenvolvimento pleno e sustentável dos setores de comércio de bens, serviços e turismo. Sendo assim, a Entidade preza pela implantação de melhorias para o desenvolvimento e crescimento da cidade de uma forma sustentável, no que tange às necessidades coletivas.

O PlanClima SP tem como meta a redução de 50% das emissões líquidas até 2030 e de 100% até 2050. Tais metas dependem de ações de descarbonização que não estão no controle da administração municipal. Por isso a preocupação de que ações de baixo carbono sejam adotadas pelas empresas do comércio e serviços, no menor prazo e com a maior eficácia possível. 

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