Negócios
21/11/2016Black Friday aumenta tráfego das lojas virtuais, que devem reforçar atendimento
Empresários do comércio eletrônico devem testar capacidade da plataforma e dos fornecedores, além de preparar equipe para maior interação com clientes
É importante ainda reforçar o atendimento para o dia, preparando-se para o contato de clientes em todos os canais disponibilizados
(Arte/TUTU)
Por Jamille Niero
Durante a Black Friday, é comum as lojas virtuais verem o fluxo de visitantes aumentar significativamente (especialistas estimam que o tráfego pode ser cerca de 10 vezes maior que o usual). Afinal, os consumidores aproveitam a data – celebrada em um único dia – para comprar produtos com bons descontos. Esse aumento repentino do tráfego pode causar alguns problemas tecnológicos (como a queda ou o travamento da página), atrapalhando as vendas.
O ideal é se preparar com meses de antecedência, justamente para poder prever e consertar falhas e fazer todos os testes com folga antes da ação promocional – a maior do ano. Contudo, existem algumas recomendações para o momento.
“O empresário pode fazer um ‘teste de estresse’: checar se a plataforma na qual a loja virtual está instalada aguentará o maior número de acessos e se a própria loja está preparada para lidar com um grande volume de vendas em um curto espaço de tempo, gerenciando prevenção de fraudes, emissão de notas fiscais, embalagem dos produtos vendidos e toda a operação logística”, ressalta Pedro Guasti, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e CEO da Ebit. Ele lembra também a importância de reforçar o atendimento para o dia, preparando-se para o contato de clientes em todos os canais disponibilizados: e-mail, chat, WhatsApp, Messenger, Skype, entre outros.
“Uma boa interação com o cliente geralmente ajuda a aumentar as vendas. Outra opção é o atendente pegar os dados dele nesse momento para depois entrar em contato. Porém, como a Black Friday ocorre em um dia apenas, a loja corre o risco de o consumidor comprar em outro lugar se demorar muito para responder”, observa Rodrigo Gutterres, gerente comercial da EZ Commerce, fornecedora de plataforma para comércio eletrônico.
Outra recomendação é verificar com a plataforma quais os serviços de suporte que os fornecedores vão praticar no dia. “Geralmente, quem fornece infraestrutura e datacenter cria força-tarefa com uma equipe especial que fica 24 horas à disposição, porque sabem que nesse dia tudo vai ter utilização bem superior à média”, aponta.
Um serviço que algumas fornecedoras oferecem é uma capacidade maior de processamento e memória do datacenter exclusivamente para a Black Friday. O objetivo dessa medida é evitar que o serviço, ao chegar no limite, descarte os pedidos que não conseguir processar. “É a condição chamada ‘on demand’, feita para situações nas quais o lojista sabe que vai ter pico de vendas”, explica Gutterres.
Vale lembrar que para o comércio eletrônico atrair mais visitantes para a loja, é preciso divulgar que participará da ação promocional e os produtos que estarão com descontos no dia. É necessário ainda preparar a equipe e tomar cuidado com prazos e qualidade da entrega.
Estimativas
As vendas do comércio eletrônico em geral devem avançar cerca de 30% em relação ao ano passado, com faturamento previsto de R$ 2,1 bilhões somente na sexta-feira (considerando todo o mercado virtual brasileiro), estima Pedro Guasti.
Em 2015, o segmento faturou R$ 1,64 bilhão e registrou crescimento de 38% em relação ao ano anterior, segundo a Ebit.
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