O consumidor paulistano voltou a ficar menos confiante com a economia brasileira em março, após leve melhora na percepção em fevereiro. No terceiro mês do ano, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 7,8% em relação ao mês anterior, atingindo 125,8 pontos, a pior marca desde janeiro de 2009, quando ficou aos 125,2 pontos. No comparativo anual, a queda foi ainda maior, de 21,4%, de acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O índice varia em uma escala de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

De acordo com a Entidade, o resultado de fevereiro pode ser analisado como um breve "suspiro", que foi rapidamente substituído pela volta da apreensão do consumidor diante do aumento das taxas de juros para as linhas de crédito e da inflação pressionada.

Todas as segmentações do índice (renda, gênero e faixa etária) tiveram baixa em março ante fevereiro, com destaque para a queda de 10,4% na confiança dos paulistanos com renda de até dez salários mínimos, de 9,3% entre as mulheres e de 8,7% para maiores de 35 anos. No comparativo anual, a confiança caiu 23,5% entre as mulheres, 23,1% para paulistanos com renda a partir de dez salários mínimos e de 22,1% para pessoas com menos de 35 anos.

O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) recuou de 142,6 para 132,4 pontos, na relação mensal, abaixo dos 155,6 pontos registrados em março de 2013. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) caiu de 132,2 para 121,4 pontos, no comparativo mensal, inferior aos 162,8 pontos de um ano antes.

Os dados do ICC são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores do município de São Paulo.