Editorial
07/04/2017Saques das contas inativas do FGTS podem alavancar em até 2,4% o faturamento do varejo brasileiro em 2017, aponta FecomercioSP
Segundo estudo inédito da Entidade, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul concentram os maiores montantes de recursos
São Paulo, 07 de abril de 2017 - Os recursos oriundos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), liberados pelo governo no início deste ano, poderão acrescentar até 2,4% ao faturamento do comércio varejista nacional, em 2017. É o que aponta uma projeção inédita realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A estimativa considera a injeção total dos R$ 45 bilhões do FGTS no varejo brasileiro.
Ao avaliar a participação de cada estado no total de rendimentos e remunerações pagas no Brasil, verifica-se que o Estado de São Paulo é responsável por 32,7% do total. Com a premissa de que a distribuição dos recursos das contas inativas do FGTS siga esse padrão, dos R$ 45 bilhões disponibilizados para saque estima-se que R$ 14,7 bilhões serão injetados na economia paulista e as vendas do setor no Estado podem crescer até 2,5%. Na sequência, os estados do Rio de Janeiro (11,2% do FGTS e R$ 5 bilhões de recursos), Minas Gerais (8,7% e R$ 3,9 bilhões) e Rio Grande do Sul (6% e R$ 2,7 bilhões) aparecem como os maiores destinatários dos recursos. Já os estados de Roraima (0,2% e R$ 86,9 milhões), Amapá e Acre (ambos com 0,3% e R$ 139,6 milhões e R$ 116,6 milhões, respectivamente) receberão o menor montante de recursos do FGTS.
De acordo com a assessoria técnica da FecomercioSP, ainda que nem todo o dinheiro seja destinado para o consumo, o varejo pode se beneficiar no médio e longo prazo já que se o consumidor optar por quitar dívidas ou aplicar, tais recursos entrarão no mercado financeiro elevando a capacidade bancária de conceder empréstimos. Além disso, os consumidores endividados ou inadimplentes poderão reequilibrar seu orçamento doméstico, limpar o nome e se tornar novamente elegível a novos crediários, em condições mais vantajosas.
Em suma, a Federação pondera que o volume de dinheiro a ser sacado das contas inativas do FGTS vai ajudar no processo de retomada da economia.
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