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Economia

Vendas do varejo caem 7% em dezembro de 2015 e redução do consumo acelera

FecomercioSP já previa recuo do setor e estima retração entre 3% e 4% para 2016

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Vendas do varejo caem 7% em dezembro de 2015 e redução do consumo acelera

Margens devem estar mais apertadas para todos os setores, inclusive para quem pode ter desempenho positivo 
(Arte/TUTU)

O volume de vendas do varejo restrito caiu 7,1% em dezembro de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados recentemente. É a nona queda consecutiva nessa base de comparação. No acumulado de 2015, a queda foi de 4,3%, o pior resultado desde o início da série histórica, em 2001.
 
No varejo ampliado – que inclui o segmento de veículos e materiais de construção –, o volume de vendas apresentou retrações de 11% em relação a dezembro de 2014 e de 8,6% no acumulado dos últimos 12 meses.
 
Para a FecomercioSP, o resultado não surpreende, já que a Entidade projetava queda entre 8% e 9% no volume de vendas e um Natal bastante ruim, como de fato ocorreu. Na análise da Entidade, o grande problema é que, além da queda do volume de vendas, os resultados de dezembro em comparação ao mesmo mês de 2014 mostram que a redução do consumo está se acelerando, no varejo restrito e no ampliado.
 
O setor demorou mais para sentir os efeitos da crise, com desempenho relativamente positivo até meados de 2014. Mas, em 2015, não escapou de ver quase todas as suas atividades com perdas. Afinal, comércio e serviços dependem muito da demanda e, portanto, de fatores como renda, emprego e crédito. Essas são variáveis que se deterioraram ao longo do último ano, derrubando as vendas.
 
Para 2016, a tendência é que esses fatores continuem afetando negativamente os resultados do setor. A FecomercioSP prevê queda de 3% a 4% no desempenho do varejo restrito.   
 
Segmentos como o de Automóveis e Bens Duráveis já tiveram um ano muito ruim e tendem a repetir em 2016 esse ritmo de perdas significativas. Apenas o setor de farmácias e perfumarias teve bom desempenho – ainda que modesto – e deve seguir com resultado positivo neste ano. Os motivos para a previsão otimista são três: o caráter essencial dos bens que comercializa, o envelhecimento da população e o crescimento do número de beneficiários de planos de saúde.
 
De qualquer forma, a Entidade destaca que as margens devem estar mais apertadas para todos os setores, inclusive os que ainda podem ter algum desempenho positivo em termos de faturamento.
 
São Paulo
No ano passado, o desempenho do varejo foi ruim em todo o País e nenhum Estado teve crescimento do volume de vendas no conceito ampliado.  Contudo, o desempenho do varejo paulista em 2015 foi superior, já que os ajustes de consumo das famílias paulistas foram mais profundos em 2014, diferentemente do varejo de outras regiões.
 
Por isso, aponta a Federação, as outras regiões viram queda maior em 2015. As mais afetadas foram Norte e Nordeste, locais que mais expandiram seu consumo nos momentos de intenso crescimento do consumo das famílias. Esse modelo de crescimento se exauriu e a tendência de curto e médio prazos é de um 2016 muito ruim, especialmente nessas áreas.

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