Negócios
23/08/2019Setor financeiro precisa quebrar o paradigma da desconfiança, afirma Bernardo Piquet
Segundo o sócio da fintech Stone, varejistas ainda veem soluções financeiras como “mal necessário”
“Autenticidade e empatia são dois pilares importantes na construção da confiança", frisa Bernardo Piquet
(Foto: Christian Parente)
A demanda por serviços financeiros no Brasil, principalmente nas regiões interioranas, é grande, mas, para que as soluções sejam aceitas, é necessário quebrar o paradigma da desconfiança que varejistas e consumidores têm em relação ao setor, avalia o sócio e chefe de políticas públicas da Stone, Bernardo Piquet.
Em entrevista ao UM BRASIL, uma iniciativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), ele conta que a Stone, fintech de soluções financeiras para o varejo, conseguiu crescer ao criar um “elo de confiança” para “transformar a vida do pequeno e médio varejista”.
Veja também
Empresa tem o papel de ser agente de transformação social, diz Guilherme Leal
O Brasil atual não cabe no PIB, afirma Paulo Rabello
Agenda da produtividade precisa integrar abertura comercial e melhoria da infraestrutura, diz Henrique Meirelles
“A partir do momento que decidimos ir à rua, começar a oferecer os nossos serviços e interagir com os clientes em potencial, [percebemos que] havia uma desconfiança muito grande com os serviços financeiros de pagamento, uma falta de entendimento e conhecimento, e [os clientes] não estavam conseguindo olhar aquela oferta como uma oportunidade de fazer os negócios crescerem”, relata. “Eles enxergavam quase como um mal necessário. Tivemos de quebrar esse paradigma da desconfiança”, complementa.
Segundo Piquet, a empresa ganhou credibilidade ao se pôr à disposição do cliente para elucidar dúvidas e resolver dificuldades. Hoje, 86% dos casos são resolvidos em uma ligação, cujo tempo de espera para ser atendido não passa de quatro segundos.
“Autenticidade e empatia são dois pilares importantes na construção da confiança. Soma-se a isso um produto que, de fato, atenda à necessidade do cliente, que resolva um problema. Assim, você tem, na minha leitura, um primeiro vínculo de relação de confiança. E você o preserva ao longo do tempo com consistência e recorrência nas entregas”, sintetiza o empresário.
Diante do crescimento da Stone no mercado de maquininhas de pagamento, Piquet comenta que, mais do que se apegar a números, a empresa pensa no cliente. “As conversas do dia a dia da companhia são 100% voltadas a saber como fazemos para resolver a vida do empreendedor médio brasileiro”, ressalta.
A entrevista é parte de uma série fruto de parceria do UM BRASIL com a Brazilian Student Association (BRASA). Confira a íntegra a seguir:
Inscreva-se no youtube.com/canalumbrasil.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/um-brasil/materias/setor-financeiro-precisa-quebrar-o-paradigma-da-desconfianca-afirma-bernardo-piquet
Notícias relacionadas
-
Varejo
Conjuntura favorável apoia vendas no Dia do Consumidor
No ano passado, varejo registrou queda de 20% na data, mas aumento do emprego e queda da inflação vão impactar receitas em 2024; Federação dá dicas para ampliar resultado
-
Turismo
FecomercioSP se mobiliza contra fim do Perse
TurismoViagens corporativas já voltam aos patamares pré-pandemia
TurismoCarnaval influencia economia, mas impacta pouco o Turismo na capital paulista
Recomendadas para você
-
Internacional
Recorde da balança comercial em 2023 esconde dilemas
Superávit de US$ 99 bilhões também foi influenciado por queda nas importações
-
Turismo
Baixo investimento em infraestrutura afeta o turismo
Crescimento tímido e propostas para alavancar os potenciais desse mercado são discutidos na FecomercioSP
-
Inovação
IA é requisito para produtividade de todas as empresas
Vice-presidente de Finanças do iFood dá dicas aos empreendedores que querem usar esta tecnologia
-
Empreendedorismo
Se prepare para as vendas do 1º semestre
Conheça as principais datas comerciais de 2024 e antecipe ações para vender mais