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Imprensa

Comércio das cidades do ABCD registra em maio faturamento de R$ 2,445 bilhões

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São Paulo, 6 de agosto de 2014 – O varejo do ABCD paulista registrou, em maio, receita de R$ 2,445 bilhões. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 9,3% do resultado das receitas de vendas – considerada a inflação do período. Os números são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

Com R$ 783,9 milhões de faturamento em maio, os supermercados – que respondem pela maior parcela do movimento financeiro do comércio da região –, identificaram aumento de 0,8% no intervalo de um ano. A segunda atividade mais representativa, composta pelas concessionárias de veículos, no entanto, registrou no período redução de receita em 12,6%, aos R$ 370,9 milhões. Na sequência, as lojas de vestuário, tecidos e calçados obtiveram R$ 275,4 milhões, após queda de 35,3%. As farmácias e perfumarias, que faturaram R$ 206,8 milhões em maio último, registraram desempenho positivo, com aumento de 8%. Já as lojas de materiais de construção apontaram redução de faturamento em 7%, aos R$ 171,8 milhões registrados em maio. A receita das lojas de departamentos ficou em R$ 143,8 milhões, após aumento de 10,7%.

O pior desempenho entre todas as categorias foi o das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, cujo faturamento caiu 46,8% no período aos R$ 58,3 milhões. As lojas de móveis e decoração, com R$ 41,3 milhões, apontaram redução sobre igual mês de 2013: -8,2%. Já a receita da atividade de autopeças e acessórios caiu 18,2%, totalizando R$ 31,5 milhões. Os demais segmentos do comércio em geral, entre as quais os postos de combustíveis são mais relevantes, registraram juntos faturamento de R$ 361,6 milhões, apontando recuo de 1,9%.

Resultados estaduais

Pela terceira vez seguida, o comércio paulista amargou encolhimento de vendas ao registrar faturamento de R$ 43,2 bilhões em maio, na comparação anual – valor 2% menor que o apurado em igual mês de 2013. Com essa queda, o desempenho do varejo estadual em 2014 sofre novo revés, avançando 1,5% nesses cinco primeiros meses do ano – abaixo dos 2,5% de crescimento até abril.

O recuo de receita de vendas em maio foi causado pelos resultados negativos apontados por três atividades agrupadas na pesquisa. O mais significativo deles, pela relevância do segmento para o comércio em geral, foi registrado pelas concessionárias de veículos, que faturaram R$ 5,9 bilhões, após queda de 16%. As lojas de materiais de construção obtiveram faturamento de R$ 3,2 bilhões, com recuo de 9,3% no período. A maior diminuição porcentual, no entanto, foi a que sofreu a receita das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-23,6%), somando R$ 2,3 bilhões no mês.

Por outro lado, o comportamento positivo das vendas em seis segmentos segurou uma redução maior da receita do varejo paulista. Os supermercados, por exemplo, que em termos relativos formam a principal atividade do comércio no Estado, conseguiram R$ 12,5 bilhões em maio – crescimento de 2,9% sobre o mesmo mês do ano passado. Outro importante segmento que registrou elevação de faturamento no período foi o de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 1,1% de alta, aos R$ 4,3 bilhões. Mas o melhor desempenho foi atingido pelas farmácias e perfumarias: ampliação de 8,6%, aos R$ 2,7 bilhões. As lojas de departamentos obtiveram R$ 1,9 bilhão, com variação de 2,1%. Já os varejistas que atuam na atividade de autopeças e acessórios somaram receita de R$ 810 milhões, após alta de 3,1%. As lojas de móveis e decoração registraram faturamento de R$ 639 milhões, com elevação de 1,6%. As demais atividades do comércio em geral, registraram aumento de 7,2%, atingindo R$ 9 bilhões.

Das 16 regiões analisadas pela pesquisa, sete apontaram alta ou relativa estabilidade no comparativo anual. A maior variação positiva, de 6,6%, foi obtida pelos comerciantes das regiões de Marília e de Jundiaí, que registraram receitas de R$ 839,5 milhões e de R$ 2,5 bilhões, respectivamente. Pelo lado negativo, os piores desempenhos do período foram os constatados na região de Guarulhos (-9,4%) e do ABCD (-9,3%), ambas com R$ 2,4 bilhões. O varejo da capital paulista também sofreu com queda de faturamento (-4,5%), aos R$ 13,4 bilhões.

Para os economistas da FecomercioSP, essa terceira queda seguida da receita do comércio em geral mostra claramente a difícil situação enfrentada pelos comerciantes paulistas desde fevereiro de 2014. Conforme recentes sondagens divulgadas pela Federação, até mesmo as datas comemorativas de maior movimento para o comércio – Dia das Mães e Dia dos Namorados – foram prejudicadas pela tendência de freio de consumo da população. As reduções nas vendas para essas datas, inclusive, são esperadas em maior ou menor grau para as próximas edições da PCCV. Além disso, indicadores de confiança tanto de empresários quanto de consumidores estão refletindo o mau humor generalizado diante de taxas de juros elevadas, de altos índices inflacionários e de desaquecimento do mercado de trabalho. Sem sinais de que o cenário econômico brasileiro melhore em curto prazo, também não existem boas perspectivas para o restante do ano.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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