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Imprensa

Comércio da região de Campinas registra em maio faturamento de R$ 4,355 bilhões

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São Paulo, 6 de agosto de 2014 – O varejo da região de Campinas registrou, em maio, receita de R$ 4,355 bilhões. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 5,5% do resultado das receitas de vendas – considerada a inflação do período. Os números são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

Com R$ 1,046 bilhão de faturamento em maio, os supermercados – que respondem pela maior parcela do movimento financeiro do comércio da região –, identificaram alta de 5,8% no intervalo de um ano. A segunda atividade mais representativa, composta pelas concessionárias de veículos, sofreu no período baixa de 9,1%, aos R$ 707,3 milhões. Na sequência, as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos obtiveram R$ 511,5 milhões, após crescimento de 37,9%. As lojas de materiais de construção, que faturaram R$ 353,2 milhões em maio último, registraram desempenho negativo, com baixa de 15% - a pior entre todas as categorias. Por outro lado, as lojas de vestuário, tecidos e calçados, conquistaram um bom resultado, crescendo 4,3% no período de um ano aos R$ 328,7 milhões, registrados em maio. Com isso, o segmento se manteve à frente, em valor de vendas, das farmácias e perfumarias, cujo faturamento atingiu os R$ 282,6 milhões, após alta de 11,7%.

As lojas de departamentos ampliaram o faturamento em expressivos 59,8% no período para os R$ 145,7 milhões. Com R$ 120,7 milhões, as lojas de autopeças e acessórios apresentaram resultado 30,1% maior em um ano. Já a receita das lojas de móveis e decoração cresceu 17,3%, totalizando em maio último R$ 37,6 milhões. As demais atividades do comércio em geral, entre as quais os postos de combustíveis são mais relevantes, registraram juntas faturamento de R$ 821,3 milhões, apontando aumento de 3,7%.

Resultados estaduais
Pela terceira vez seguida, o comércio paulista amargou encolhimento de vendas ao registrar faturamento de R$ 43,2 bilhões em maio, na comparação anual – valor 2% menor que o apurado em igual mês de 2013. Com essa queda, o desempenho do varejo estadual em 2014 sofre novo revés, avançando 1,5% nesses cinco primeiros meses do ano – abaixo dos 2,5% de crescimento até abril.

O recuo de receita de vendas em maio foi causado pelos resultados negativos apontados por três atividades agrupadas na pesquisa. O mais significativo deles, pela relevância do segmento para o comércio em geral, foi registrado pelas concessionárias de veículos, que faturaram R$ 5,9 bilhões, após queda de 16%. As lojas de materiais de construção obtiveram faturamento de R$ 3,2 bilhões, com recuo de 9,3% no período. A maior diminuição porcentual, no entanto, foi a que sofreu a receita das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-23,6%), somando R$ 2,3 bilhões no mês.

Por outro lado, o comportamento positivo das vendas em seis segmentos segurou uma redução maior da receita do varejo paulista. Os supermercados, por exemplo, que em termos relativos formam a principal atividade do comércio no Estado, conseguiram R$ 12,5 bilhões em maio – crescimento de 2,9% sobre o mesmo mês do ano passado. Outro importante segmento que registrou elevação de faturamento no período foi o de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 1,1% de alta, aos R$ 4,3 bilhões. Mas o melhor desempenho foi atingido pelas farmácias e perfumarias: ampliação de 8,6%, aos R$ 2,7 bilhões. As lojas de departamentos obtiveram R$ 1,9 bilhão, com variação de 2,1%. Já os varejistas que atuam na atividade de autopeças e acessórios somaram receita de R$ 810 milhões, após alta de 3,1%. As lojas de móveis e decoração registraram faturamento de R$ 639 milhões, com elevação de 1,6%. As demais atividades do comércio em geral, registraram aumento de 7,2%, atingindo R$ 9 bilhões.

Das 16 regiões analisadas pela pesquisa, sete apontaram alta ou relativa estabilidade no comparativo anual. A maior variação positiva, de 6,6%, foi obtida pelos comerciantes das regiões de Marília e de Jundiaí, que registraram receitas de R$ 839,5 milhões e de R$ 2,5 bilhões, respectivamente. Pelo lado negativo, os piores desempenhos do período foram os constatados na região de Guarulhos (-9,4%) e do ABCD (-9,3%), ambas com R$ 2,4 bilhões. O varejo da capital paulista também sofreu com queda de faturamento (-4,5%), aos R$ 13,4 bilhões.

Para os economistas da FecomercioSP, essa terceira queda seguida da receita do comércio em geral mostra claramente a difícil situação enfrentada pelos comerciantes paulistas desde fevereiro de 2014. Conforme recentes sondagens divulgadas pela Federação, até mesmo as datas comemorativas de maior movimento para o comércio – Dia das Mães e Dia dos Namorados – foram prejudicadas pela tendência de freio de consumo da população. As reduções nas vendas para essas datas, inclusive, são esperadas em maior ou menor grau para as próximas edições da PCCV. Além disso, indicadores de confiança tanto de empresários quanto de consumidores estão refletindo o mau humor generalizado diante de taxas de juros elevadas, de altos índices inflacionários e de desaquecimento do mercado de trabalho. Sem sinais de que o cenário econômico brasileiro melhore em curto prazo, também não existem boas perspectivas para o restante do ano.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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