Negócios
30/07/2014Comércio eletrônico cresce 26% no primeiro semestre, diz pesquisa da E-bit
Faturamento do setor somou R$ 14 bilhões no período e deve registrar R$ 35 bilhões até o final de 2014, com um total de 104 milhões de pedidos
O comércio eletrônico brasileiro registrou faturamento de R$ 16 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo dados do 30º relatório WebShoppers, divulgado nesta quarta-feira (30) pela E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico. A cifra é 26% superior ao volume registrado no mesmo período de 2013. Ainda de acordo com o levantamento, a previsão é atingir até o final do ano uma receita de R$ 35 bilhões, resultado que será 21% superior ao registrado no exercício anterior, alcançando 104 milhões de pedidos.
“O e-commerce está conseguindo atrair cada vez mais o consumidor brasileiro, que se mostra mais e mais interessado em aproveitar as facilidades e os atrativos oferecidos por este canal”, afirma o diretor executivo da E-bit e presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Pedro Guasti. “Promoções, variedade de produtos, entrega em casa e com frete grátis, além do poder de decisão da compra pela pesquisa em diversas lojas virtuais e a mobilidade são alguns dos fatores que vêm contribuindo para que o consumidor feche a compra pela Internet”, acrescenta.
Neste primeiro semestre, o número de pedidos chegou a 48,17 milhões contra 35,54 milhões nos seis primeiros meses de 2013. O tíquete médio ficou em R$ 333,40. Um dos fatores responsáveis por este crescimento nas vendas é, segundo o relatório, a entrada de novos consumidores no varejo online, que, até junho, foi de 5,06 milhões. No total, 25,05 milhões de consumidores fizeram compras pela web no primeiro semestre. Até o final de 2014, a E-bit prevê que as lojas online brasileiras alcancem 63 milhões de consumidores únicos, que já realizaram pelo menos uma compra pela Internet.
Vendas na Copa
Segundo a pesquisa, a Copa do Mundo ajudou a elevar o volume de vendas do comércio eletrônico, como aconteceu nas últimas edições do evento. No entanto, apenas 11% dos entrevistados disseram ter sido motivados a comprar algum produto por causa do Mundial. Os produtos relativos ao evento esportivo que tiveram vendas mais concentradas no canal online foram smartphones, GPS com TV, câmera digital, celulares, tablets e jogos/games de futebol.
O item Televisões foi o mais vendido nos meses que antecederam a Copa: se em janeiro de 2014 a compra de TVs representava 39% na categoria Eletrônicos, em junho este índice subiu para 48%. A categoria de Moda e Acessórios manteve a liderança conquistada há um ano nas vendas do setor. Com participação de 18% no volume total de pedidos, é seguida por Cosméticos e Perfumaria/Saúde (16%), Eletrodomésticos (11%), Livros/Assinaturas e Revistas (8%) e Telefonia/Celulares (7%) e Informática (7%).
Dispositivos móveis
As vendas efetuadas por dispositivos móveis vêm aumentando ano após ano, uma decorrência do uso cada vez maior de celulares pela população, bem como a aquisição de tablets. Prova disso é que nos primeiros seis meses deste ano, a participação dos dispositivos móveis nas vendas subiu de 3,8% (junho de 2013) para 7% (junho de 2014), um crescimento de 84% no período de um ano. Em 2014 foram realizados 2,89 milhões de pedidos, resultando em um faturamento de R$ 1,13 bilhão.
“A mobilidade vem ganhando atenção por parte das empresas, que percebem esta mudança no comportamento dos consumidores. Por conta disso, elas começam a desenvolver seus sites e aplicativos para atender a este canal, além de cuidar da segurança para que seu público possa usufruir das facilidades do mobile sem receio”, afirma Guasti. No perfil deste consumidor, 57% são mulheres e, entre elas, a faixa etária que compõe a maioria é de 35 a 49 anos. As classes A e B respondem por 64% dos participantes do m-commerce, segundo o relatório.
Indicador aponta melhora na satisfação do consumidor
O indicador Net Promoter Score (NPS), que mede diretamente a satisfação e experiência do consumidor em sua compra online, registrou melhora no primeiro semestre. O índice passou de 58,96% (junho de 2013) para 60,46% (junho de 2014), o que denota uma sensível melhora na satisfação e fidelização dos e-consumidores. Já a participação do frete grátis nas compras caiu de 62% (junho de 2013) para 50% (junho de 2014), o que demonstra uma oferta mais consciente deste incentivo pelas lojas virtuais aos consumidores.
Já o Índice Fipe/Buscapé, que analisa os preços do setor, apontou queda média mensal de -0,34% nos preços, de março a junho de 2014. Dos nove meses em que houve aumento de preço, quatro estão concentrados no segundo semestre de 2013 em função do impacto da desvalorização de cerca de 16% do real no curto prazo sobre os preços de produtos importados que têm grande peso no e-commerce, como eletrônicos, informática, telefonia e fotografia.
Dos dez grupos de produtos analisados pelo indicador durante o primeiro semestre de 2014, seis apresentaram redução nos preços e quatro registraram alta. O grupo com a maior queda foi Moda & Acessórios (-8,61%).
Os dois indicadores são formados com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
O relatório completo poderá ser acessado gratuitamente a partir desta quinta-feira, 31 de julho, no site www.ebit.com.br/webshoppers.
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