As tendências no comércio eletrônico tiveram espaço durante o segundo dia do VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção, realizado pelo Conselho de Tecnologia da entidade, nesta terça-feira (5).

No evento, a FecomercioSP aproveitou para lançar a plataforma de e-commerce para empreendedores que pretendem investir em uma loja virtual, o Meu Comércio Online, em parceria com a Jet e-Commerce e Buscapé. A ferramenta oferece uma solução completa para instalação personalizada de um canal de vendas online, como explicou o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Federação, Pedro Guasti. "Quem pretende entrar no mundo virtual tem grandes dificuldades, como organizar o modelo de negócio, o plano, a escolha da plataforma, que permita fazer a gestão integrada dos seus negócios, entre outros. Esse sistema integrado traz para o empreendedor soluções com o melhor custo benefício", explicou.

O painel também contou com a participação do vice-presidente de Planejamento da Netshoes, José Rogeiro Luiz, que chamou a atenção para o consumidor jovem. "A faixa etária até 25 anos ainda não está no maior patamar de ganhos. Portanto, a maior parte do mercado e-commerce ainda está para acontecer", indicou.

Luiz ressaltou a necessidade de investir em soluções tecnológicas, na tentativa de aproximar o comércio do cliente, oferecendo experiências e serviços similares ou além do que existe nas lojas físicas. "O e-commerce passa a ser um conselheiro, com aspectos como o espelho virtual para experimentar roupas, por exemplo. Vai ter uma aceleração muito grande nesse sentido nos próximos meses".

O representante da Netshoes também citou a personalização da loja virtual como ferramenta estratégica para os negócios. "A personalização é importante porque aproxima o cliente da loja. É uma experiência do consumo, não só ao entrar na loja, mas levando satisfação durante o processo de compra, passando por quando o consumidor tem uma dúvida e ao receber o produto quando foi acordado", ressaltou.

O diretor de Tecnologia da Dotz, Fábio Tavares, apresentou o programa de fidelidade como método para alavancar as vendas online. "O e-commerce é nosso principal canal de resgate de produtos. A Dotz é um programa que está no mundo físico, online, nos bancos e tenta estar em todos lugares para que os clientes possam ganhar mais pontos, trocar mais rápido e fidelizar os parceiros", indicou, ressaltando o omnichannel como maneira de estar presente onde o consumidor está e precisa. A tendência, do negócio estar em todos os canais, é apontada pelos especialistas como o futuro das empresas.

Para o representante da Camara-e.net, Ludovino Lopes, o empoderamento do consumidor é fator expressivo no comércio eletrônico. "Nunca antes houve tanta capacidade do consumidor escolher o que quer, avaliar preço, qualidade do produto, recusar quando não é o que ele buscava. Essa capacidade de poder buscar informações sobre um produto em um clique não existia antes. E, por isso, dar ferramentais para a sociedade ter condições de fazer essa análise é um dos pontos mais importantes que leva o sucesso ao comércio eletrônico", afirmou. Lopes citou, ainda, o constante processo de reestruturação do e-commerce como realidade da modalidade de negócio.

Entre os obstáculos, os palestrantes indicaram a necessidade de melhoria da logística brasileira como fator relevante no desempenho do comércio eletrônico, como assinalou Guasti. "Em média, as lojas prometem nove dias úteis para entregar o produto, mas estão cumprindo antes. Elas colocam um prazo maior para evitar problemas, mas poderíamos ter uma estrutura melhor. Poderia melhorar a eficiência dos transportes para ter um crescimento maior nos próximos anos", sugeriu.

O painel sobre tendências no e-commerce também contou com a participação do vice-presidente da DocuSign, Marcos Nader, e com a moderação da jornalista e diretora das revistas Decision Report e Risk Report, Graça Sermond.

Apresentação de Pedro Guasti

Apresentação de José Rogério

Apresentação de Fábio Tavares

Apresentação de Marcos Nader

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