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Negócios

Perícia forense é essencial para empresa combater crimes eletrônicos

Chefe da divisão de segurança da informação da Procuradoria Geral da República debate o assunto no VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos

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Perícia forense é essencial para empresa combater crimes eletrônicos

A contratação de especialistas em perícia forense digital para atuar internamente nas empresas é uma medida necessária e eficaz no combate aos crimes cibernéticos. A avaliação é do chefe da divisão de segurança da informação da Procuradoria Geral da República, Marcelo Caiado. O especialista em perícia forense digital estará presente no VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos para abordar os obstáculos e desafios da área.

Para ele, investir em segurança da informação interna é essencial, considerando o crescente número de ataques eletrônicos. "Diferente do Brasil, no Canadá, Estados Unidos e Europa, as empresas estão preocupadas em ter um profissional para fazer a perícia interna, em virtude dos casos que envolvem vazamento de informações, utilização inadequada de recursos, tentativas de invasão e roubo. Não é interessante para a empresa entrar em uma briga na justiça nesses casos. Por isso, ela mesma tenta resolver internamente a questão", explica Caiado. De acordo com o profissional, o uso de perícia forense interna pode contribuir, por exemplo, com a preservação de provas para auxiliar como evidência em possíveis casos judiciais. 

Caiado acredita que, no Brasil, a prática ainda é incomum por alguns fatores. "As empresas não têm consciência da necessidade da perícia, até por falta de cultura de segurança e de questões regulamentares. Hoje não existe uma exigência legal de que as empresas possuam essa estrutura", explica.

Além disso, o profissional da Procuradoria Geral aponta a baixa quantidade de especialistas qualificados na área como entrave para a segurança da informação nas empresas. Para ganhar experiência em perícia forense digital, no entanto, Caiado estima que sejam necessários cerca de cinco anos de preparo e estudos. Ou seja: os profissionais precisam investir desde já na área para acompanhar o ritmo dos crimes cibernéticos.

O assunto será abordado durante o VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos, que acontece nos dias 4 e 5 de agosto, na sede da Federação. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui.

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