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Imprensa

Queda das vendas dos supermercados colabora para retração do varejo em Guarulhos em junho

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São Paulo, 10 de setembro de 2014 - As vendas do varejo da região de Guarulhos em junho apresentaram retração de 14,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, contabilizando receita de R$ 2,15 bilhões. Este foi o pior desempenho regional em junho da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz). No ano, a região de Guarulhos, composta por 12 municípios, acumula ligeira queda de 0,5%. 

O setor de supermercados apresentou queda de 5,5% e, apesar de não ter sido a maior, teve forte influência no resultado do mês por conta do seu peso na região. Outra atividade que puxou para baixo o varejo de Guarulhos foi a de materiais de construção, com retração de 48,5%. A maior variação, entretanto, foi a registrada pelas lojas de móveis e decoração, com -66,9%. Contudo, como seu faturamento é pequeno (R$ 4,4 milhões), não exerceu grande influência no resultado geral.

O que contribuiu para que o resultado não fosse pior foi o desempenho de outras atividades, item que, além de ter o segundo maior peso em Guarulhos, registrou alta de 4,6%. Outros três setores que apontaram crescimento nas vendas em junho foram autopeças e acessórios, com 26%, seguido de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com 4,8%, e farmácias e perfumarias, com 4,1%.

Desempenho estadual
No Estado de São Paulo, o comércio varejista registrou expressiva queda de 7,2% no mês de junho em relação ao mesmo mês do ano passado. O faturamento real de junho deste ano, de R$ 39,4 bilhões, ficou R$ 3 bilhões abaixo do alcançado em igual mês de 2013. Trata-se da quarta e a mais aguda queda mensal consecutiva neste ano. Com o resultado, o valor real das vendas reais acumulado no ano registrou variação nula na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

A exemplo do que vem ocorrendo há meses, foram determinantes para essa queda do varejo geral as expressivas taxas negativas, em relação a junho do ano passado, apuradas pelas concessionárias de veículos (-28,2%) e pelas lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-20,2%).

As lojas de materiais de construção, com queda de 17,4% no mês, lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10%), autopeças e acessórios (-3,8%) e as lojas de móveis e decoração (-2,7%) completaram o conjunto dos segmentos que registram redução de faturamento real em junho.

Mais uma vez, as farmácias e perfumarias, com o aumento de 5,8% em suas vendas, apresentaram o maior crescimento varejista no mês final do semestre. O setor de “Outras atividades”, onde é preponderante a participação da venda de combustíveis e lubrificantes, cresceu apenas 0,4% em junho.

O segmento de supermercados foi o que mais contribuiu para atenuar a queda mensal do comércio geral ao manter sua trajetória positiva no ano, novamente com aumento mensal de 2,9%. 

Neste final do 1º semestre, o comércio varejista paulista confirma as projeções da FecomercioSP divulgadas no final de 2013 de que este ano a atividade encontraria grandes dificuldades até mesmo para igualar o volume de receita registrado no ano passado. O crescimento nulo apurado nesses seis meses mostra uma nítida tendência de enfraquecimento no consumo.

Enfatizando a generalização da queda observada em junho, apurou-se queda de vendas em 14 das 16 regiões pesquisadas no Estado, sendo que em seis delas as retrações foram maiores do que a média estadual.

A gradativa e sistemática deterioração nos índices de desempenho varejista no Estado de São Paulo é consequência direta da insegurança e instabilidade geradas pelos principais indicadores econômicos, que claramente contaminam a confiança dos consumidores. 

Nota metodológica 
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado. 

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