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Imprensa

Intenção das famílias em adquirir financiamento cai em abril

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São Paulo, 27 de abril de 2015 - A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que, em abril, as famílias paulistanas diminuíram a intenção de contrair financiamento (6,9%), em relação ao mesmo período de 2014. Já no comparativo mensal, o índice apresentou retração de 18,9% ao registrar 20,5 pontos.

De acordo com a Federação, mesmo com o endividamento em elevação, o consumidor diz que vai evitar contrair novas dívidas, pelo menos em relação a março. Esse comportamento cauteloso já era previsto, dada a conjuntura de redução do crescimento econômico e da geração de empregos, com inflação em alta e juros maiores. O aumento do endividamento, a despeito da menor demanda por crédito, pode ser explicado pela dificuldade em quitar as contas no fim do mês, o que faz o consumidor recorrer a empréstimos.

Índices de segurança

O indicador que mede a segurança do crédito avançou em abril (4,6%) na comparação com o mês anterior, e subiu 4,3% em relação a abril de 2014,  e registrou 86,9 pontos, o que melhora a situação do risco vista nos últimos meses, em decorrência do aperto orçamentário.

A assessoria econômica destaca que o grupo de não endividados - que, nos dois primeiros meses de 2015, diminuiu suas reservas financeiras - mostrou recuperação no indicador de segurança pelo segundo mês consecutivo: passou de 90,9 pontos em março para 105 pontos em abril. No mesmo mês de 2014, o indicador era de 99,4 pontos.

Por outro lado, o índice de segurança de crédito do grupo de endividados não apresentou grandes alterações no perfil, e marcou 72,1 pontos em abril de 2015, enquanto atingiu 72,7 pontos em março, e 69,4 pontos em abril de 2014. De acordo com a assessoria, essa categoria tem feito grande esforço para manter o orçamento em equilíbrio.

Para a FecomercioSP, o cenário econômico brasileiro mudou muito recentemente, e a percepção, também. Está mais difícil para as famílias obterem crédito e o orçamento doméstico está castigado por aumentos de preços de bens essenciais (alimentos, transporte, energia etc.).

Ao considerar outros fatores como o câmbio elevado (que deve pressionar ainda mais os preços e a redução da confiança dos consumidores) a Federação avalia que, nos próximos meses, a probabilidade de se elevar o risco do consumidor tomar o crédito e não conseguir pagar não é pequena, em razão da escassez de recursos para as famílias.

Aplicações

Em um cenário com a economia deteriorada, a tendência de longo prazo é a poupança continuar como a campeã das escolhas das famílias que possuam aplicações - neste mês, correspondeu a 76,3%. Em seguida, vieram renda fixa, com 11,6%; outras aplicações, com 5,2%; previdência privada, com 5%; e ações, com 1,9%.

Para a FecomercioSP, o poupador brasileiro é tradicionalmente conservador e, diante dessa característica, dificilmente os cenários de curto e médio prazos serão distintos das atuais preferências deles. Além disso, a baixa probabilidade de uma recuperação econômica influencia diretamente o retorno dos investimentos.

Sobre a PRIE

A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, o que gera um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.

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