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Imprensa

Com queda de 15,5% nas vendas, comércio varejista da região de Campinas registra pior desempenho do Estado de São Paulo

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São Paulo, 28 de julho de 2015 – O comércio varejista da região de Campinas registrou em abril, pelo quarto mês consecutivo, o pior desempenho do Estado de São Paulo, com retração de 15,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com um faturamento de R$ 3,6 bilhões, esta é a sétima queda seguida nas vendas nessa base de comparação, e no acumulado do ano registram declínio de 11,6%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

Das nove atividades pesquisadas, cinco apresentaram retração. O segmento de Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos foi o que mais influenciou para que o índice obtido no comércio varejista de Campinas permanecesse negativo, com o decréscimo nas vendas de 70,4% e contribuição de -7,6 pontos porcentuais. Em seguida, o setor de Concessionárias de veículos, com retração de 24,1% no comparativo anual e impacto de -4,1 p.p. no resultado geral. O segmento de Outras atividades também apresentou queda (-16,3%) e contribuiu com -3,3 p.p. para a variação total.

No sentido contrário, entre as quatro atividades que apresentaram alta no faturamento em comparação com o mês de abril do ano passado, o segmento de Supermercados (1,2%) e de farmácias e perfumarias (2,6%) impediram um resultado geral ao contribuir positivamente com 0,3 p.p. e 0,2 p.p. respectivamente.

De acordo com a FecomercioSP, os setores básicos como os segmentos de Supermercados e Farmácias ainda conquistam resultados positivos, entretanto, diante do baixo poder de compra das famílias por conta da inflação elevada, juros altos, restrição do crédito e aumento no desemprego, o consumo fica cada vez mais limitado, ou seja, as famílias priorizam o consumo básico.

A Entidade explica que o cenário econômico já sinaliza para um esgotamento da renda, principalmente, por conta de retirada recorde de recursos da poupança e o aumento da utilização do rotativo do cartão de crédito, ambos os dados divulgados pelo Banco Central. Assim como na Capital e no Estado l, a expectativa é de que as vendas no comércio varejista da região de Campinas permaneçam em queda nos próximos meses.

Desempenho estadual

Após registrar um crescimento de forma pontual em março, o comércio varejista do Estado de São Paulo caiu 2,8% em abril, na comparação com o mesmo período do ano anterior, e o faturamento atingiu R$ 42,3 bilhões.

Para a assessoria econômica da Entidade, a queda apresentada em abril já era prevista, uma vez que o pequeno respiro do comércio varejista visto em março ocorreu por conta do maior número de dias úteis no mês ante o mesmo período de 2014.

A Federação reforça que o ciclo negativo deve seguir em frente devido à instabilidade de variáveis de maior abrangência – como renda, emprego, inflação e crédito – que impactam diretamente na confiança de consumidores e empresários, prorrogando as expectativas de normalização do consumo.

Das nove atividades pesquisadas, quatro apresentaram queda em relação a abril do ano passado. Os segmentos de Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-16,3%) e Concessionárias de veículos (-16,2%) foram determinantes para o mau desempenho do comércio varejista e juntos contribuíram negativamente em 3,6 p.p. para o índice geral. Também registraram baixa os setores de Lojas de móveis e decoração (-12,8%) e Outras atividades (-1,9%).

Por outro lado, cinco atividades cresceram ante abril de 2014: Farmácias e perfumarias (7,5%); Lojas de vestuário, tecidos e calçados (2,9%); Autopeças e acessórios (2,5%), Supermercados (1,7%) e Materiais de construção (0,9%).

Expectativa

A Fecomercio reforça que o ciclo de queda nas vendas do comércio varejista permanecerá nos próximos meses uma vez que todos os fatores determinantes de consumo permaneceram negativos também no mês e a estimativa é uma retração entre 4% e 5% nas vendas em maio e -3% para o semestre. Em relação ao fechamento de 2015, a previsão é uma queda de 4%.

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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