Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Imprensa

Varejo paulistano faturou R$ 13,7 bilhões em abril, aponta FecomercioSP

O crescimento no setor de vestuário, tecidos e calçados é atribuído ao Dia das Mães e não indica reversão da tendência negativa

Ajustar texto A+A-

Varejo paulistano faturou R$ 13,7 bilhões em abril, aponta FecomercioSP

Em abril, as vendas do varejo na capital paulista cresceram 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e registraram um faturamento de R$ 13,7 bilhões. Foi o segundo resultado positivo consecutivo, que impulsionou o índice estadual em 1,1 ponto porcentual.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a partir de informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

Seis das nove atividades pesquisadas tiveram desempenho positivo no comparativo com abril de 2014 e os destaques foram os setores que cresceram acima dos dois dígitos: Autopeças e acessórios (24,9%) e Lojas de vestuário, tecidos e calçados (16,8%). Juntas, as duas atividades contribuíram em 2,3 pontos porcentuais para o resultado geral, sendo que apenas a contribuição do segmento de Lojas de vestuário, tecidos e calçados foi de 1,9 p.p.. Os demais setores que registraram alta foram os de Materiais de construção (4,9%), Outras atividades (0,9%) e Supermercados (0,8%).

Por outro lado, os segmentos de Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-15,5%), Lojas de móveis e decoração (-13,1%) e Concessionárias de veículos (-5%) continuaram a mostrar quedas expressivas, resultados dos juros altos, da menor oferta de crédito e do conservadorismo dos consumidores. Somadas, as atividades influenciaram negativamente o índice geral em 2,2 pontos porcentuais.

Para a FecomercioSP, o leve crescimento apresentado em abril - devido à antecipação das promoções e liquidações do setor de Lojas de vestuário, tecidos e calçados para o Dia das Mães - não indica uma reversão da tendência negativa no comércio, principalmente pelas baixas vendas de bens duráveis. No ano, as vendas das Lojas de vestuário ainda amargam queda de 12,3%. É importante ressaltar também que em 2014 a preparação e realização da Copa do Mundo na cidade refletiram negativamente no varejo paulistano.

Desempenho estadual

Após registrar um crescimento de forma pontual em março, o comércio varejista do Estado de São Paulo caiu 2,8% em abril, na comparação com o mesmo período do ano anterior, e o faturamento atingiu R$ 42,3 bilhões.

Para a assessoria econômica da Entidade, a queda apresentada em abril já era prevista, uma vez que o pequeno respiro do comércio varejista visto em março ocorreu por conta do maior número de dias úteis no mês ante o mesmo período de 2014.

A Federação reforça que o ciclo negativo deve seguir em frente devido à instabilidade de variáveis de maior abrangência - como renda, emprego, inflação e crédito - que impactam diretamente na confiança de consumidores e empresários, prorrogando as expectativas de normalização do consumo.

Das nove atividades pesquisadas, quatro apresentaram queda em relação a abril do ano passado. Os segmentos de Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-16,3%) e Concessionárias de veículos (-16,2%) foram determinantes para o mau desempenho do comércio varejista e juntos contribuíram com -3,6 pontos porcentuais para o índice geral. Também registraram baixa os setores de Lojas de móveis e decoração (-12,8%) e Outras atividades (-1,9%).

Por outro lado, cinco atividades cresceram ante abril de 2014: Farmácias e perfumarias (7,5%); Lojas de vestuário, tecidos e calçados (2,9%); Autopeças e acessórios (2,5%), Supermercados (1,7%) e Materiais de construção (0,9%).

Expectativa

A FecomercioSP reforça que o ciclo de queda nas vendas do comércio varejista permanecerá nos próximos meses uma vez que todos os fatores determinantes de consumo permaneceram negativos também no mês e a estimativa é uma retração entre 4% e 5% nas vendas em maio e -3% para o semestre. Em relação ao fechamento de 2015, a previsão é uma queda de 4%.

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

Fechar (X)