Conselho de Sustentabilidade
13/10/2020Campanha conscientiza consumidor sobre o descarte correto de produtos eletrônicos
Ação promovida pela Green Eletron no Brasil, apoiada pela FecomercioSP, faz parte de um movimento mundial pelo meio ambiente
Produtos eletrônicos descartados no lixo comum representam problema grave para o meio ambiente
(Arte: TUTU)
Em 14 de outubro, Dia Internacional do Lixo Eletrônico, a Green Eletron dará início à campanha Eletrônico Não É Lixo, parte de um movimento internacional em prol da conscientização dos consumidores sobre a importância da reciclagem de eletroeletrônicos. A ação será apoiada pela FecomercioSP e terá participação de varejistas, de membros do Conselho de Sustentabilidade da Federação – como Tenda Atacado, Carrefour, Fast shop, Via Varejo e Leroy Merlin – e do SENAC. A Green Eletron é uma empresa gestora de logística reversa de produtos eletrônicos e de pilhas, fundada em 2016 pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
A data é importante, pois reunirá entidades gestoras de mais de 40 países – com foco em ações locais sobre os métodos corretos de descarte e de reciclagem.
O lixo eletrônico, ou produtos eletroeletrônicos pós-consumo, são produtos quebrados, danificados ou sem utilidade que devem ser descartados – como pilhas descarregadas –, mas que, geralmente, são jogados no lixo comum, representando um problema grave para o meio ambiente.
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Segundo a Green Eletron, o Brasil foi o quinto país que mais produziu resíduos eletrônicos em 2019. “Ao todo, foram geradas mais de 2 milhões de toneladas de lixo eletrônico no ano passado. Desse valor, menos de 3% foram reciclados”, conforme explica a companhia em nota. A empresa afirma que, em 2020, com a pandemia e a implementação da quarentena na maior parte do País, os números de coleta de lixo eletrônico diminuíram em 85%, em abril, e em 52%, em maio. “Para 2021, com a criação do movimento Eletrônico Não É Lixo, a expectativa é reciclar mais de 600 toneladas”, reforça a empresa.
“Estes aparelhos ou estão esquecidos em alguma parte da casa ou foram descartados no lixo comum. A reciclagem dos eletroeletrônicos sem utilidade e de pilhas gastas só é possível se a população entender que devem ser descartados em locais corretos. Queremos inserir na rotina das pessoas a separação de seus equipamentos em desuso e levá-los ao ponto de coleta mais próximo para que eles tenham a destinação ambientalmente correta”, ressalta Ademir Brescansin, gerente-executivo da companhia.
Não se pode esquecer dos pontos de entrega fixos, como o situado na sede da FecomercioSP. Veja a lista completa.
Responsabilidade pelo descarte
O Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP lembra que todo comerciante que vende eletroeletrônicos ao consumidor doméstico dentro do território nacional deve participar de um sistema de logística reversa, conforme obriga a legislação. Isso possibilita o transporte, o descarte e a reciclagem correta de produtos que, de outro modo, seriam jogados no lixo comum.
No caso do sistema de pilhas e baterias portáteis, todo comerciante deve ser um ponto de entrega. O papel do distribuidor também é definido. Ele deve transportar os itens pós-consumo até a central de triagem determinada pela empresa gestora do sistema de logística reversa. Mesmo assim, a participação dos distribuidores no processo ainda é pequena.
A recomendação da FecomercioSP é de que o comerciante ou o distribuidor não tente fazer a logística reversa sozinho, para não custear todo o sistema, tampouco deve participar de um sistema individual, em parceria com apenas um importador ou fabricante. O ideal é que a empresa busque uma entidade gestora, isto é, que procure um sistema coletivo que lhe dará mais força de atuação e divulgação, além de divisão do custeio e de manutenção.
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