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Conselho de Turismo

Faturamento do turismo nacional tem retração de 41,3% em agosto

Levantamento da FecomercioSP aponta que essa é a sexta queda consecutiva no ano; no acumulado do ano, de janeiro a agosto, o prejuízo é de 33,6%

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Faturamento do turismo nacional tem retração de 41,3% em agosto

Oferta de assentos nos voos está 65% menor do que há um ano e isso gera efeitos na cadeia, sobretudo na hotelaria
(Arte: TUTU)

O turismo nacional ainda não decolou após o pouso forçado em março, início da pandemia de covid-19 e, em agosto, registrou a sexta queda consecutiva no faturamento real do setor. No mês, o faturamento de R$ 7,8 bilhões apontou redução de 41,3% em relação a igual período do ano passado. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o prejuízo é R$ 35,7 bilhões, ou seja, 33,6%.

Entre os segmentos, o grupo de hospedagem e alimentação teve queda anual de 43,2% enquanto que o setor de transporte aéreo registrou recuo de 68,8%. Esse último está com a oferta de assentos nos voos 65% menor do que há um ano, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que evidentemente gera efeitos na cadeia, sobretudo na hotelaria.

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A taxa de ocupação da atividade hoteleira nacional ficou em torno de 20% em agosto, de acordo com pesquisa do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), membro do Conselho do Turismo da FecomercioSP. Há um ano, o porcentual estava em 61%.

Apesar dos resultados negativos, a FecomercioSP percebe que os turistas tem optado por destinos mais próximos das residências, com possibilidade do deslocamento por ônibus ou locação de veículos. Desta forma o grupo locação de meios de transportes e agências de viagens conseguiu um resultado menos negativo que o das atividades citadas anteriormente (-14,8%), assim como o setor de transporte rodoviário – intermunicipal e interestadual (-14,3%).

Feriados

O setor tem expectativa com os dados de setembro, quando ocorreu o primeiro grande feriado nacional, de 7 de setembro, Dia da Independência, após o período mais crítico de isolamento da pandemia. Praias, estradas e aeroportos tiveram grande movimentação, o que indica que esse mês pode ser o ponto de virada da recuperação do turismo. Outro feriado que mostrou que os brasileiros estão saindo gradativamente do isolamento foi o de 12 de outubro, de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Isso não indica que o cenário seja positivo a partir de setembro. O Conselho de Turismo entende que a queda de faturamento deve continuar, porém, com variações mais modestas. Tal retração deve permanecer até porque a estrutura do turismo está limitada, como oferta de assentos em voos e ônibus, quartos de hotéis e de veículos para locação estão abaixo do nível pré-crise.

Perspectivas para 2021

Os empresários têm de ficar atentos aos movimentos de mercado. A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) – outra entidade membro do Conselho de Turismo da FecomercioSP – divulgou uma análise sobre as buscas dos turistas para 2021. Foram 75% das operadoras que disseram ter comercializado viagens cujos embarques se concentram no primeiro semestre de 2021, seguidas de roteiros que se realizarão em dezembro (60%). Em outras palavras: as pessoas estão se programando para viajar novamente.

Isso indica um potencial a mais para os destinos domésticos pela notícia da segunda onda de contágio de covid-19 em vários países da Europa e pela restrição de brasileiros em grande parte do mundo.

Mais sobre o assunto pode ser visto no debate sobre como o brasileiro vai viajar de agora em diante. O evento contou com a sócia e diretora comercial do Viaje na Viagem, Elisa Araujo; a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui; e a diretora sênior de Marketing, da LATAM Grupo Expedia, Paula Martinelli. Para acessar o conteúdo, cadastre-se aqui.

 

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