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Legislação

A transformação social que vai ditar o ritmo dos bons empregos no futuro

Mesacast ‘FecomercioSP Orienta’ debate o impacto da tecnologia sobre o mercado de trabalho e como equilibrar inovação e preservação de empregos

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A transformação social que vai ditar o ritmo dos bons empregos no futuro
Economista ressalta que o mundo não perderá totalmente as funções tradicionais no mercado de trabalho, especialmente no Brasil, onde a taxa de formalização é baixa

Atualmente, formuladores de políticas públicas em todo o mundo buscam compreender a direção do mercado de trabalho frente a rápida absorção tecnológica, novos hábitos da população, envelhecimento demográfico, avanço do comércio internacional e globalização. 

Essa preocupação é justificada. O Fórum Econômico Mundial prevê uma rotatividade global de 23% nos empregos nos próximos cinco anos. Baseado em estimativas de 803 empresas participantes da pesquisa, projeta-se a criação de 69 milhões de novas vagas, enquanto 83 milhões de postos devem ser eliminados, considerando um universo de 673 milhões de empregos. Isso representa uma redução líquida de 14 milhões de ocupações, ou 2% da força de trabalho atual. 

“É fundamental entender que a absorção tecnológica nos setores econômicos varia sobremaneira entre países. Essa disparidade indica que certos tipos de empregos serão mais beneficiados, especialmente aqueles relacionados a tecnologia, digitalização e meio ambiente. Das 83 milhões de vagas que provavelmente serão eliminadas em breve, falamos principalmente de ocupações em setores administrativos, operacionais, atendimento, cobrança e vendas. Muitas dessas áreas estão sendo substituídas por outras formas de intermediação, refletindo as transformações tecnológicas e econômicas em curso”, observa Jaime Vasconcellos, economista e assessor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), durante o mesacast FecomercioSP Orienta. 

Contudo, o economista ressalta que o mundo não perderá totalmente as funções tradicionais no mercado de trabalho, especialmente no Brasil, onde a taxa de formalização é baixa. “O País ainda está em processo de formalização da mão de obra. Teremos uma grande expansão do mercado laboral antes de sentirmos essa perda causada pela expansão da tecnologia e da digitalização”, explica. “A tendência ainda é de crescimento, incluindo funções tradicionais, mas aquelas ligadas a tecnologia, dados, sustentabilidade, engenharia e marketing digital crescem ainda mais rapidamente.”  

Paralelamente, ele lembra, o envelhecimento populacional também gera demanda por profissionais voltados para esse público. “Mesmo que alguns empregos tradicionais persistiam, melhores salários, carreiras e perspectivas futuras estarão ligados aos setores que mais se desenvolverão com base na tecnologia, no meio ambiente e no cuidado com mudanças sociais significativas, como o próprio envelhecimento”, acrescenta. 

Capacitação como motor da empregabilidade 

Vasconcellos ainda frisa que qualquer evolução para acompanhar essa absorção tecnológica que transforma o mundo do trabalho — seja da empresa, seja do trabalhador — passa pela capacitação. Nesse aspecto, o Brasil está ficando para trás. “Não estamos fazendo a lição de casa. Minha primeira recomendação aos empresários é que invistam nos trabalhadores. Embora isso seja parcialmente responsabilidade do Estado e do próprio colaborador, é importante lembrar das dificuldades estruturais que o País enfrenta na formação educacional. É provável que o investimento do empresário na capacitação profissional de seus colaboradores seja mais eficaz e, às vezes, até mais econômico do que esperar por um profissional já preparado”, conclui.

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