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Abatido pela alta dos juros, Brasil terá economia anêmica em 2022, aponta CEEP

Apesar disso, membros do conselho se mostram céticos quanto às previsões para a eleição presidencial

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Abatido pela alta dos juros, Brasil terá economia anêmica em 2022, aponta CEEP

Impossível cravar o futuro presidente do Brasil neste momento, avalia o conselho
(Arte/Tutu)

O ciclo de alta da taxa Selic, medida utilizada pelo Banco Central (Bacen) para arrefecer a pressão inflacionária, deve comprometer ainda mais o desempenho da economia brasileira em 2022. Ao mesmo tempo, algumas consultorias já dão como certa a vitória da oposição na eleição deste ano. Contudo, diferentemente das projeções econômicas, o cenário eleitoral pode mudar de forma drástica em pouco tempo, de modo que o pleito presidencial ainda siga incerto.

Estas são algumas considerações apresentadas pelos membros do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), na primeira edição do podcast do colegiado em 2022.

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Antonio Lanzana, economista e copresidente do CEEP, aponta que a taxa básica de juros – atualmente em 10,25% ao ano (a.a.) – deve superar, em breve, a casa dos 12%. A inflação, no entanto, só deve retornar à meta em 2023.

“Os impactos da elevação da Selic são inevitáveis sobre o nível de atividade”, destaca Lanzana. “As primeiras sinalizações para janeiro já mostram um quadro de contração da atividade econômica no primeiro mês do ano”, acrescenta.

No segundo bloco do programa, o sociólogo e cientista político Paulo Delgado, também copresidente do CEEP, diz que, apesar de pesquisas e algumas consultorias apontarem vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial deste ano, é preciso entender que “a pesquisa eleitoral é uma foto de um momento, não revela todo o filme, que vai ser realizado até outubro”.

“A estabilidade nas pesquisas, para mim, é enganosa, porque não leva em conta o tempo ainda muito grande até a eleição. E o tempo é o senhor da razão”, destaca Delgado. “Economia em crise, ordem social instável e uma política volúvel podem mudar tudo de uma hora para a outra. É impossível dizer que o Brasil já tenha o seu futuro presidente”, frisa.

No bloco internacional, o economista André Sacconato chama a atenção para o fato de que, diferentemente de países como Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, a China convive com uma inflação ao consumidor consideravelmente baixa (0,9%, em 12 meses), o que concede ao gigante asiático mais capacidade de manejo da política monetária.

“Abre-se espaço para que o governo chinês seja muito tolerante e tranquilo em relação a fazer políticas expansionistas, o que deve, provavelmente, desvalorizar o iuane, fazendo com que a China exporte muito mais e tenha, também, muito mais capacidade de importar. Isso pode manter as commodities a preços mais altos do que imaginávamos, mas, por outro lado, põe lenha na fogueira da inflação mundial”, explica o membro do CEEP.

A edição também traz observações sobre a agenda de privatizações do País, o papel das redes sociais na eleição e a passividade do banco central dos Estados Unidos no combate à inflação.

Gravado em 23 de fevereiro, portanto, no dia anterior ao início dos ataques da Rússia à Ucrânia, o programa inclui comentários sobre a tensão no Leste Europeu

Ouça, a seguir, o podcast na íntegra.

O programa também está disponível no Spotify e no Apple Podcasts.

Saiba mais sobre o Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP) clicando aqui.

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