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Editorial

“Amor Profano” recebe aclamação do público em estreia no Teatro Raul Cortez

Espectadores parabenizam interação entre os atores e destacam conflito e fanatismo como temas centrais da peça

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“Amor Profano” recebe aclamação do público em estreia no Teatro Raul Cortez

Zvi e Hannah se reencontram 20 anos após terem se separado em função de divergências religiosas
(Arte/Tutu sobre foto de Priscila Prade/divulgação)

Por Eduardo Vasconcelos

Com casa cheia, a peça Amor Profano estreou no Teatro Raul Cortez, na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no sábado (19), sob forte aplauso e aprovação do público.

A montagem narra o reencontro de Hannah (Viviane Pasmanter) e Zvi (Marcello Airoldi) 20 anos após terem se separado. Ainda vivendo em Jerusalém, Hannah mantém a fé e os costumes judeus ortodoxos, enquanto Zvi, que abandonou a religião e, consequentemente, o casamento, tornou-se escritor e adotou um estilo de vida distante das tradições judaicas.

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O pano de fundo do reencontro é o fato de o filho de Zvi cortejar a filha de Hannah. O assunto, contudo, fica em segundo plano em função de diversas pendências entre o casal. A fé em Deus, os preceitos religiosos e a preservação dos costumes judaicos são os motivos dos desentendimentos.

“A peça é maravilhosa e reflete muito os dias atuais”, conta Sirlei da Silva, 50, contadora. “O ser humano é muito conflitante, no sentido de não procurar entender o próximo. Assim, do conflito vem a infelicidade. Os personagens poderiam ser mais compreensivos um com o outro. É a vida como ela é”, completa.

Apesar de a peça ter ligeira inspiração na vida do autor, o israelense Motti Lerner, e se passar em um país cuja religião predominante não é a mesma da do Brasil, o público viu diversas similaridades entre o que é retratado na montagem e nas relações amorosas corriqueiras.

“A peça me trouxe uma ideia de fanatismo, tanto o da judia quanto o do ex-marido, que não é ateu. A peça mostra que o conflito capaz de distanciar as pessoas é de todos, está em todos os lugares”, opina o farmacêutico industrial Madson da Nóbrega, 47.

Dirigida por Einat Falbel, o espetáculo tem duração aproximada de 80 minutos, com troca de cenários e trilha sonora composta pela cantora Fortuna. “Impressionou-me como os dois atores interagem durante a peça, com tanto texto e conseguindo situar o público sobre personagens que não aparecem, mas que você entende quem são”, comenta o administrador João Montini, 38.

Amor Profano fica em cartaz no Teatro Raul Cortez até 24 de fevereiro, com apresentações às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. Às sextas-feiras, a sessão inclui um livreto com texto descritivo em braile – disponível por um aplicativo para dispositivos móveis – e um intérprete de Libras.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro – de terça a quinta, das 15h às 20h, e de sexta a domingo, das 15h até o início do espetáculo – ou pelo site Ingresso Rápido. A classificação é de 12 anos.

Serviço
Temporada: até 24 de fevereiro
Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h
Teatro Raul Cortez – Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo/SP

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